O exame das cifras, traduzidas em escudos do ano, mostra os aumentos das despesas ordinárias e extraordinárias. As últimas cresceram muito mais do que as primeiras.
Finalmente, convém ainda conhecer, através de uma longa série de anos, as relações entre as receitas e as despesas ordinárias.
O estudo dos números seguintes revela a vigilância exercida sobre umas e outras, no sentido de aumentar as receitas e comprimir as despesas.
O exercício de 1956 mostra aumento de receita em relação aos períodos anteriores, só ultrapassado por três anos na série. Em qualquer caso, o acréscimo das receitas foi quase sempre bastante maior do que o das despesas. Em 1956 aquelas aumentaram 7,8 por cento do seu total e as últimas 6,2 por cento.
As receitas já ultrapassam, a preços do ano, em 5 044 082 contos as de 1938 e as despesas em cerca do 4 000 000 de contos. O quadro revela algumas anomalias e é digno de observação cuidadosa.
Discriminação das despesas orçamentadas e pagas
As cifras, vistas como se apresentam, no quadro, têm talvez uma forma abstracta. Tornar-se-ão mais compreensivas no exame pormenorizado de cada departamento público, que será feito adiante.
Em todo o caso, nota-se que os maiores desvios entro o que se orçamentou e pagou se deram nos Ministérios da Economia, das Finanças e das Obras Públicas, todos com mais de 40 000 contos.
Embora não seja grande a diferença, equivalente a pouco mais de 5 por cento do orçamentado, há uma anomalia no Ministério da Educação Nacional, com 39 924 contos.