Expressa em percentagens, a divisão da despesa ordinária foi a que segue:
Repartição da despesa por capítulos orçamentais
Ao pessoal cabem 49 por cento das verbas orçamentais. Se forem incluídos os pagamentos feitos a pessoal por força de encargos e serviços (24 por cento), a verba desta rubrica é certamente superior a 50 por cento.
O serviço da dívida tem aumentado nos últimos anos, atingindo 12,6 por cento do total da despesa em 1956.
Deve notar-se que nesta rubrica se incluem amortizações.
Finalmente, a percentagem de material aproxima-se de 15 por cento do conjunto.
Excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas
Milhares do contos
Nota-se que, tendo-se iniciado esse excesso em 1938, com 92 400 contos (moeda corrente), a cifra em 1950, também em moeda (torrente, quase atingiu 1 500 000 contos. É a mais alta da série. Os excessos de receitas ultrapassaram 1 milhão de contos em 1951, e, com unia excepção, têm sempre aumentado.
O significado actual deste grande capítulo das despesas já é diferente do que era no início da reorganização financeira.
Os serviços que nele se incluíam eram os da dívida pública, das classes inactivas, da Representação Nacional, da Presidência da República e da Presidência do Conselho.
A criação de novos organismos (Secretariado Nacional da Informação e Cultura Popular) e a transferência para a Presidência do Conselho de outros (Defesa Nacional) tirou o carácter primitivo à rubrica «Encargos gerais».
Assim a despesa tem subido todos os anos, mas acentuou-se depois da contabilização da que pertence no Ministério da Defesa Nacional na Presidência do Conselho e com o desenvolviment o notado em anos recentes dos serviços de propaganda e turismo.