Pode, pois, sumariar-se o quadro da balança de pagamentos assim:

Transacções correntes:

Mercadorias: Milhares de contos

Metrópole. ..... - 3 437

Ultramar ....... + 1 520 - 1 917

Invisíveis:

Rendimento de capitais ..... + 45

Donativos, legados e pensões + 426

Saldo das transacções correntes ..... + 68

Operações de capital ................ + 300

Erros e omissões .................... + 524

Saldo geral da balança .............. + 892

Uma das rubricas que mais influi na balança de pagamentos é, sem dúvida, a que se engloba em diversos. Compreende uma série de operações de importância, que podem referir-se às remessas para o estrangeiro por direitos de patentes, marcas e modelos, à dos seguros, às comissões comerciais e bancárias, às receitas consulares e transferências nos Açores para manutenção de bases aéreas.

Algumas das transferências mencionadas podem oscilar bastante, como as de remessas de emigrantes. As de turismo tendem a aumentar, mas onde parece residir maior perigo para um desequilíbrio, ou, pelo menos, para redução acentuada no saldo, é na rubrica «Diversos», e na balança do comércio. Publica-se a seguir um quadro que relaciona a balança de pagamentos, desde o fim da guerra, com o índice dos preços, a circulação fiduciária e os depósitos no banco emissor.

As contas A comparticipação do Estado nos lucros da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência subiu em 1956 para 47 553 contos, correspondentes a 80 por cento dos lucros líquidos.

Os resultados acusam o crédito de 276 524 contos. Foram feitas amortizações no fundo de aquisição e construção de imóveis (34000 contos), no fundo de aquisição e renovação de material (4000 contos), no fundo de previsão (7500 contos), no fundo de flutuação de títulos (9104 contos) e no fundo de reserva (11 888 contos).

Depósitos na Caixa Os depósitos atingiram a casa dos 10 016 000 contos, mais 491 000 do que em 1955. Os depósitos à vista subiram cerca de 435 000 contos, num total de 7 476 000.

Nos anos que se seguiram à guerra a evolução dos depósitos foi a seguinte:

Note-se a flexão de 1949 e 1950, resultante dos acontecimentos financeiros conhecidos. Os depósitos obrigatórios naqueles dois anos também em 1949 diminuíram bastante - cerca de 400 000 contos.

A partir de 1950 o aumento tem sido contínuo, acentuando-se em 1951 e 1952 logo seguidos por 1955. Nos últimos seis anos os depósitos aumentaram 3 336 000 contos.

Nos depósitos à vista há a considerar os de particulares e os do Estado. Os de particulares ou voluntários subiram a .5 737 000 contos e a sua evolução no período que decorreu desde 1952 foi a do quadro que segue, em milhares de contos: