Aveiro ....

Beja ....

Évora ....

Guarda ....

Portalegre ....

Santarém ....

Setúbal ....

Vila Real ....

Viseu ....

Angra do Heroísmo ....

Ponta Delgada ....

Taxa geral ....

Em 1956, a natalidade diminuiu em todos os distritos, excepto no de Lisboa, no de Angra do Heroísmo e no da Horta. Nalguns, como no de Beja, já de baixa natalidade, decresceu mais de 3 por mil, e até no distrito de Braga, com a alta taxa de 34,23 em 1955, não passou de 32,7 em 1956.

Paradoxalmente se verifica que tanto os distritos de Lisboa como a própria cidade melhoraram as suas taxas. Será influência do hábito, cada vez mais espalhado, de utilizar as maternidades? A subida foi pequena - 0,33 por mil no distrito e 1,42 na cidade.

Os viveiros da população rural no Norte, em Braga, Bragança e Vila Real, que tinham cifras consideradas altas, parece terem encetado a queda.

Mortalidade Na mortalidade, as cifras tornam-se de novo alarmantes, nalguns casos. Acima da casa dos 14 por mil voltam a estar Bragança e a cidade do Porto. A taxa de 12,69 em Bragança em 1955 parecia ser o resultado de esforços sanitários que se julgava poderem manter-se e a alta no Porto não se justifica.

A taxa da cidade de Lisboa, com 12,70 por mil, também não corresponde aos esforços feitos, por diversas vias, nos últimos tempos.

As menores taxas de natalidade são as dos distritos de Faro e Portalegre, com 15,99 e 16,19, e de Lisboa e Setúbal, com 16,62 e 17,34; este último também mostra a menor taxa de mortalidade, com 8,79, a qual, representando embora uma quebra em relação a 1955, se pode considerar boa.

O que acaba de se escrever mostra a necessidade de encarar estes problemas com grande compreensão das realidades.

Embora a taxa da natalidade ainda não atingisse a de alguns países europeus, ela está a reduzir-se de ano para ano. Se compararmos a taxa da mortalidade com alguns países afins, de raça e actividades, como a Espanha e a Itália, notamos que a nossa lhes é muito superior, e até quase idêntica a regiões intensamente industrializadas, como a Bélgica, como se pode ver no quadro seguinte:

Bélgica ....

França ....

Inglaterra ....

Itália ....

Mortalidade infantil Morreram 106 919 indivíduos dos dois sexos, dos quais 17 799 de menos de um ano, ou sejam 87,8 por mil de nados-vivos. Embora se note grande progresso desde 1937, em que o número de óbitos atingia quase 30 000 (29 996), ainda estamos longe de alguns países europeus de características idênticas às nossas, como a Itália e a Espanha, para não falar na França, Inglaterra, Suíça e Suécia, em que a taxa é inferior a 40 por mil de nados-vivos, chegando a atingir no último daqueles países, a Suécia, a cifra de 20, ou menos de um quarto da de Portugal. Há, pois, um vasto campo de actividade na assistência infantil, e presume-se que enquanto não forem tomadas medidas mais enérgicas do que aquelas que têm vigorado até agora não será possível reduzir os óbitos em menores de menos de 1 ano para cifras razoáveis.

Computando a mortalidade infantil em taxas por mil habitantes, obtêm-se os números que seguem, para certo número de anos:

1930 ....

1940 ....

1942 ....

1944 ....

1945 ....

1951 ....

1952 ....

1953 ....

1955 ....

A emigração e os saldos fisiológicos O saldo fisiológico desceu muito; foi o mais baixo desde 1947. Veio para menos de 100 000. Este resultado derivou do aumento da taxa da mortalidade e da diminuição da da natalidade.

A descida em relação a 1955, que fora um dos mais altos dos últimos anos, foi de 14 570, o que é muito sensível, visto representar mais de 13 por cento do saldo fisiológico de 1955.