Não admira, pois, que baixasse o saldo líquido, apesar de ter havido apreciável decréscimo nos saldos da emigração.

Publica-se a seguir um quadro que indica as características mais importantes do movimento demográfico e migratório:

1946 ....

1948 ....

1951 ....

1952 ....

1953 ....

1955 ....

Deu-se significado diferente este ano ao saldo líquido do que o que lhe era atribuído o ano passado. Então incluíam-se os saldos com o ultramar no saldo líquido.

A emigração baixou de um máximo de 45 971 em 1952 para menos de 24 529 em 1956 e os saldos com o ultramar aumentaram ligeiramente, para cerca de 13 500. O número de emigrantes em 1956 subiu a 27 017, dos quais 6528 saíram das ilhas adjacentes. Destes, 4332 embarcaram no Funchal, que foi o distrito de maior volume de emigração.

No continente destaca-se Aveiro, com 2614, Porto, com 2840, e Viseu, com 2630. Dos outros, e acima de 1000, há a considerar Guarda, Bragança, Braga, Coimbra, Vila Real, Viana do Castelo e Leiria. É de notar que os distritos do Alentejo são os que mostram menores saídas: apenas 38 em Évora, 44 em Beja e 59 em Portalegre.

A maior parte dos emigrantes dirige-se para o Brasil, para onde foram 16 814 em 1956. Outros países de certo relevo são a Venezuela (3773), a União Sul-Africana (1225), o Canadá (1612) e os Estados Unidos (1503).

Dos países europeus destaca-se a França, com 772.

Migração para o ultramar Apesar dos esforços feitos no sentido de fixar no ultramar uma parte das sobras da população portuguesa, os resultados não têm sido satisfatórios.

No período compreendido entre 1947 e 1956 saíram para o ultramar 104 462 pessoas.

Destas, 71 642 fixaram-se em Angola, 31 831 em Moçambique, 1064 em S. Tomé e Príncipe.

Os saldos das províncias ultramarinas desde 1947 foram os seguintes:

1948 ....

1951 ....

1952 ....

1953 ....

1955 ....

Houve anos, como em 1949, 1951 e 1954, em que o número de retornados das províncias ultramarinas, sem contar Angola e Moçambique, foi maior do que os que saíram da metrópole.

S. Tomé e Príncipe é a única destas províncias que apresenta sempre saldo positivo, Cabo Verde, Guiné, índia, Macau e Timor, sobretudo a Índia e Timor, apresentam saldos negativos em cerca de metade dos anos.

A Guiné só tem saldo negativo em 1947. No longo período de dez anos o saldo positivo de Cabo Verde foi apenas de 43 indivíduos.

Estes números têm um certo significado, porque mostram as condições de fixação nos territórios do ultramar.

Para intensificar a ida de emigrantes para o ultramar é indispensável criar condições económicas acessíveis e convidativas.