quadro a seguir dá-se nota da extensão da rede dos pavimentos aperfeiçoados, comprimento dos troços a macadame e em tërraplenagens, assim como das respectivas percentagens:

Por ordem decrescente, os distritos que parecem melhor servidos nesta matéria são os de Lisboa, Faro, Porto, Leiria, Santarém, Aveiro, Setúbal, Coimbra, Portalegre, Évora e Viana do Castelo, com mais de 50 por cento de pavimentos aperfeiçoados.

Todos estes distritos são do litoral ou perto da capital, com excepção do de Portalegre. Neste deve pesar a influência da estrada internacional, assim como no de Évora.

Já outro tanto não acontece nos restantes distritos também atravessados por estradas internacionais.

Também por ordem decrescente, os distritos com menor extensão de pavimentos aperfeiçoados são os de Braga, Guarda, Vila Real, Bragança, Castelo Branco, Viseu e Beja. Os três últimos distritos-Castelo Branco, Viseu e Beja- têm pavimentos de 40, 39 e 36 por cento de pavimentos aperfeiçoados e o primeiro e o segundo são atravessados por estradas internacionais e percursos principais.

Há, pois, anomalias a desfazer. Na distribuição de verbas deve atender-se às necessidades internacionais e inter-regionais.

Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização Todos os anos se dá relevo às contas desta Direcção-Geral e se analisam com certo pormenor as dotações e o seu destino.

E que os serviços a seu cargo têm grande projecção na vida local. Constituem, juntamente com os das estradas, uma das mais poderosas alavancas no progresso regional.

Em 1956, as verbas concedidas somaram 168 971 contos, e nesse ano pagaram-se por obras em curso ou acabadas 153 704 contos. Os números são semelhantes aos do ano anterior.

As receitas da Direcção-Geral provêm do Fundo de Desemprego, na sua maior parte, e de verbas inscritas no Orçamento Geral do Estado para melhoramentos rurais, abastecimento de águas às sedes dos concelhos, casas para pobres e outros fins. A seguir discriminam-se a origem da receita para concessão de comparticipações e pagamentos efectuados:

Nota-se, numa comparação com o exercício de 1905, que o Fundo de Desemprego aumentou a sua comparticipação nas receitas da Direcção-Geral em cerca de 7603 contos quanto às verbas concedidas e em 12 245 contos quanto às verbas pagas.

Em contrapartida, o Estado reduziu de 53 568 para 40 000 contos a sua dotação para melhoramentos rurais, isto é, não reforçou durante o ano a dotação inicial. As verbas concedidas pelo Fundo de Melhoramentos Rurais foram de 61 950 contos; houve assim necessidade de reduzir o tempo de realização dos trabalhos.

As restantes verbas para abastecimento de águas, casas para pobres e outros fins mantiveram-se no nível do ano anterior.

Como o exercício de 1956 foi de abundantes receitas, na relatividade do orçamento, não parece de aconselhar uma redução na despesa dos melhoramentos rurais. Este facto traz, como já largamente se explicou em anos anteriores, atrasos sensíveis numa das obras mais interessantes iniciada pelo Estado Novo. Se forem consideradas idênticas verbas nos diversos anos que decorreram desde 1945, observam-se os números do quadro que segue.