Também têm progredido bastante as dotações. Em 1954 andaram à roda de 71 000 contos e dois anos depois subiram para 85 750.

A maior parte das verbas referem-se a pessoal, e dentre elas têm relevo as das escolas industriais e comerciais.

Escolas industriais e comerciais Considerando apenas o ensino técnico elementar - as escolas industriais e comerciais -, obtém-se a repartição das verbas do modo que segue:

Contos

Total ..... 70 030

Embora haja melhoria nas verbas de material e encargos, que tem grande importância no bom rendimento deste grau de ensino, parece ser ainda necessário reforçá-las. Com a criação de novas escolas e seu apetrechamento, terão de ser aumentadas as dotações de material e encargos.

No capítulo relativo ao Ministério das Obras Públicas dá-se nota do que se gastou em novos edifícios e seu apetrechamento.

A verba de material pode decompor-se do modo que segue:

Contos

Compra de móveis .......... 1 909

Conservação de móveis, imóveis

Matérias-primas e produtos ...... 684

Total. ..... 4 178

Verifica-se que a compra de móveis é a principal rubrica, como, aliás, acontecera no ano anterior. Ainda é baixa a parte que se refere a matérias-primas e produtos que dizem respeito a oficinas e laboratórios.

Ensino agrícola Tendo em conta apenas as escolas de regentes agrícolas e elementares agrícolas, o total gasto sobe a 7274 contos. Mas às escolas elementares agrícolas competem apenas 882 contos.

Apesar da exiguidade desta verba para atender ao ensino elementar agrícola, ainda houve uma diminuição de 363 contos em relação a 1955.

O problema do ensino agrícola é certamente um dos mais importantes da economia rural, dado o atraso em que vivem muitas explorações.

Os instrumentos de ensino ao alcance das zonas rurais são quase inexistentes. Já se indicaram em pareceres anteriores as escolas, que se limitam a três.

Pelo Ministério da Economia pretende-se fornecer alguma instrução, especialmente na olivicultura, mas u sua projecção ainda é reduzida.

Todo o problema do ensino agrícola elementar precisa de ser revisto. A economia nacional e, sobretudo, as populações rurais ressentem-se muito com o abandono dos métodos de exploração e organização eficientes. Resumem-se no quadro a seguir as despesas totais do ensino técnico:

Como se nota, num total de 103 500 contos, pertencem 70 030 contos às escolas industriais e comerciais.

Não atinge 1000 contos o consumo do ensino agrícola elementar (escolas agrícolas).

Sumariando, obtém-se no ensino agrícola o seu custo, por graus:

As percentagens mostram que cerca de metade se refere ao ensino médio.

Ensino primário A acrescer às verbas destinadas ao ensino primário pelo orçamento das despesas ordinárias há ainda o que se despende pelas extraordinárias, tanto na construção de novos edifícios como na Campanha de Educação de Adultos.

As verbas inscritas e gastas no Ministério da Educação Nacional somaram 284 507 contos - mais cerca de 6000 contos do que em 1955.

Os aumentos de despesa têm sido substanciais uns últimos anos, como, aliás, era de prever, pela maior frequência, desdobramentos e criação de novos postos escolares.

No exame das cifras nota-se que os maiores acréscimos tiveram lugar nas escolas de ensino primário. A sua despesa atinge 273364 contos. Era de .197700 contos, números redondos, em 1950.

Publica-se a seguir um quadro que indica a despesa da Direcção-Geral, discriminada.