Os telefones particulares são os das redes de Lisboa e Porto. Vê-se pelos números o seu considerável acrescimo desde 1938.

Embora mais lentamente, os telefones do Estado, que atingiram o número de 90 642, também acompanharam o ritmo de aumento.

A receita dos telefones, no conjunto das receitas dos CTT, representa cerca de 39 por cento, um pouco mais do que em 1955.

A densidade telefónica tem aumentado. Atingiu em 1956, pela primeira vez, 3,16 postos por 100 habitantes, o que ainda é reduzido.

A receita das linhas telefónicas particulares representa a renda da concessionária. Esta renda é de 7,5 por cento da receita bruta da companhia concessionária. A exploração telegráfica inclui a telegrafia nacional, a internacional e a radiotelegrafia. A maior parte das receita provém desta última rubrica, como se nota a seguir:

Designação

Total ....

A telegrafia nacional continua a diminuir - menos 50 contos em 1956 -, mas a internacional e a radiotelegrafia aumentaram bastante - mais 7366 contos, ou 21,90 por cento, do que em 1955. Este aumento provém de um acerto de contas com as companhias de cabos submarinos, que se elevou a 9587 contos.

Receitas totais Podem agrupar-se as receitas totais dos correios, telégrafos e telefones num quadro que nos dá imediatamente a influência de cada uma no conjunto:

Designação

Serviços postais ....

Receitas diversas ....

Se forem comparadas as cifras, em percentagem, nos dois últimos anos, nota-se ligeira subida nos telefones e na telegrafia, com decréscimo nos serviços postais. Estes, que representavam a percentagem de 51,25 em 1955, desceram para 50,05 em 1956.

As cifras mostram que as receitas dos correios é telégrafos provêm em cerca de 89 por cento dos serviços postais e telefonia. A influência destes dois serviços tende a acentuar-se. O exame das contas durante um certo período de anos indica que as despesas aumentam em paralelo com o desenvolvimento das receitas. Viu-se acima a ordem desses aumentos. O acréscimo de 1956 não foge à regra, antes subiu bastante em relação a anos anteriores, pois o aumento de despesa atingiu 45 044 contos.

Este grande acréscimo foi devido a razões que se mencionarão adiante, mas deve já dizer-se que desde 1952 o aumento de despesa nunca atingira 20 000 contos. Em 1956 esse aumento foi superior ao da receita.

Indicam-se a seguir as despesas por capítulos orçamentais:

Designação

Pagamento de serviços e diversos encargos ....

Anos económicos findos ....

Total ....

As rubricas de «Encargos e pagamento de serviços», «Pessoal» e «Anos económicos findos» quase por si explicam a maior valia de 45 044 contos em relação a 1955.

O desenvolvimento da despesa de pessoal tem sido grande. Em 1956 foi de cerca de 61 000 contos superior à de 1951. Em material têm sido menores os aumentos, devido, certamente, a os planos das melhorias serem englobados noutra rubrica. O grande aumento nas despesas de pessoal derivou de maior despesa com o pessoal suplementar e estagiário e com aposentações.

No caso do pessoal dos quadros houve uma diminuição da ordem dos 1500 contos, que foi largamente excedida com 10 784 contos a mais - no suplementar 9734 contos, no estagiário 1041 contos e no destacado 9 contos.

Parece também influir nestes serviços a saída de funcionários para actividades particulares, o que na verdade tem de ser considerado, dada a sua especialização. Os aumentos do pessoal suplementar parecem justificar-se pelo desenvolvimento do serviço e falhas no do quadro.

As aposentações consumiram mais 2273 contos, elevando-se o número de aposentados para 2614.

Os números para a despesa de pessoal são os que seguem:

Designação

Vencimentos ....

Abono de família ....

Total ....

Nos abonos diversos incluem-se despesas com obras sociais (2600 contos) e outras de menor importância. Há que considerar nesta rubrica a despesa feita pelos correios, telégrafos e telefones em edifícios e a