Uma parte importante dos fundos encontra aplicação em móveis, títulos, valores depositados e outros fins.

Nos dois últimos anos as caixas sindicais de previdência aplicaram os seus fundos do modo que segue:

Designação

Valores depositados ....

Total ....

Vê-se a subida de 1955 para 1956. Neste último ano aã aplicações somaram mais de 3 milhões de contos.

Conviria, discriminar a rubrica «Títulos», que se aproxima de 2 200 000 contos.

Foi nesta rubrica que se deu o maior aumento - cerca de 334 041 contos.

Uma parte serviu para financiar o Plano de Fomento. No caso das caixas de reforma ou previdência a soma das aplicações totalizava em 1956 cerca de 3 118 210 contos. Também neste caso a rubrica «Títulos» atingia o maior volume, com 2 328 418 contos. Mas o que se investiu em imóveis já ultrapassa 454 000 contos. No quadro à seguir indicam-se as verbas dos fundos e respectivas aplicações:

Designação

Valores depositados ....

Total ....

No caso dos títulos, os do Estado somavam 1 476 797 contos, com um valor de compra de 1 470 180 contos. Acções e obrigações de empresas já atingiam a elevada cifra de 760 000 contos.

A aplicação dos fundos de previdência, dada a sua origem e os fins a que se destinam, requer cuidados especiais e um largo conhecimento da vida financeira e económica. Aliás, pode realizar-se através deles uma acção interessante de fomento, se convenientemente orientados. As receitas destes Serviços provêm das caixas dê previdência, e já se viu acima a importância da assistência médica nas despesas dos organismos corporativos.

Em 1956 os Serviços Médico-Sociais tiveram receitas no total de 103 115 contos.

A origem destes fundos foi a que segue:

Designação

Adiantamentos das caixas federadas ....

Total ....

Perto de 100 000 contos provieram das caixas federadas.

A despesa foi de 93 309 contos e utilizou-se do modo que segue:

Pessoal de enfermagem e auxiliar ....

Pessoal administrativo e outro ....

Material e encargos ....

Análises clínicas ....

Exames radiológicos ....

Material de penso ....

Total ....

Administração:

Total ....

Total geral ....

A discriminação dos números dá ideia de como se gastaram as verbas dos Serviços Médico-Sociais.

A verba maior refere-se a pessoal médico (25 949 contos), cerca de um quarto do total, que deve ser provavelmente adicionado de parte das verbas relativas a análises clínicas, exames radiológicos e agentes físicos.

Outra rubrica importante é a de medicamentos. Conhece-se o alto preço de medicamentos em Portugal. Dado o volume de tratamentos nestes Serviços, não parece alta a cifra. Talvez neste aspecto pudesse haver melhorias importantes, embora com um maior dispêndio. E se fosse possível, numa revisão dos preços e processos de fabrico de específicos e outros medicamentos, reduzir o seu preço, melhoraria bastante a influência destes serviços na saúde pública. Basta indicar que em 1956 a acção desenvolvida pelos Serviços Médico-Sociais abrangeu mais de 1 milhão de pessoas (1 061 535). As receitas extraordinárias quase se limitam no orçamento às que se obtêm do recurso ao empréstimo ou de saldos de anos económicos findos. E como pelo mecanismo orçamental se limitam os consumos, os excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas atingem cifras bastante altas. O recurso ao empréstimo

para pagamento de despesas extraordinárias tem sido, porém, bastante moderado nos últimos anos.

Em todos os pareceres se procura esmiuçar o conteúdo económico das despesas extraordinárias. O problema tem interesse especialmente porque se poderá averiguar se devem ou não pagar-se certas despesas extraordinárias