O exame das cifras e respectivas aplicações mostra que a obra de renovamento se fez em grande parte por força das receitas ordinárias. Incluem-se nelas muitas aplicações reprodutivas, ou como tal consideradas, e quase todo o aumento do património nacional também foi liquidado por força dessas receitas, como uma parte do que se gastou em portos, estradas, Cidades Universitárias de Lisboa e Coimbra, edifícios escolares e mais.
Grande parte do que se incluiu poderia ser pago por empréstimos, como, por exemplo, a verba destinada a renovação e reapetrechamento da indústria da pesca.
No fundo, a política seguida reduz ao mínimo as despesas ordinárias e utiliza os excessos de receitas para liquidação de despesas extraordinárias.
Parece que algumas das aplicações mencionadas no quadro se poderiam incluir em despesas ordinárias.
Todas as verbas da despesa extraordinária na defesa nacional, incluindo a das forças expedicionárias, se liquidaram por força das receitas ordinárias.
Plano de Fomento
Contas
Hidráulica agrícola .......... 89 682
Povoamento florestal ......... 61 540
Subsídio reembolsável à província de Timor ........... 18 500
Subsídio reembolsável à província de Macau ........... 16 900
Total ...... 407 391
As verbas incluídas não se referem apenas à metrópole. Auxiliaram também as províncias ultramarinas nos seus planos. Neste último caso estão as províncias de Cabo Verde, Macau e Timor.
O somatório das receitas ordinárias e extraordinárias atingiu 7 637 257 contos e o de idênticas despesas somou 7 597 433 contos. Num e noutro caso são os mais altos valores atingidos até hoje nas contas do Estado.
Contos
Receitas ordinárias ...... 7 303 170
Saldo .................... + 39 824
A diferença entre os dois saldos, nos orçamentos ordinário e extraordinário, foi de 39 824 contos, que é o saldo do exercício. Como se indicou acima, os excessos de receitas ordinárias sobre idênticas despesas, utilizados no pagamento de despesas extraordinárias, subiram