Se forem comparados os índices das despesas ordinárias com os das receitas já calculadas acima, vê-se que estas progrediram menos ràpidamente. Em 1956 os índices de umas e outras eram, respectivamente, de 719 e 751 no ultramar.

No conjunto o índice de 408 revela progressão gradual, mas contínua, através dos anos.

Distribuição das despesas Os serviços de fomento das províncias ultramarinas comparticipam em mais de 50 por cento das despesas ordinárias. É, com efeito, nesta rubrica que se incluem os caminhos de ferro e portos, que têm importância sensível em Angola e muito grande em Moçambique.

A influência do capitulo «Encargos gerais» foi estudada nos dois pareceres anteriores e tende a decrescer na medida em que forem distribuídas por outras rubricas verbas que logicamente lhes pertencem. Se se juntarem as despesas destes dois capítulos à de administração geral e fiscalização, obtêm-se 83,3 por cento das despesas ordinárias.

No quadro a seguir indicam-se estas despesas por capítulos orçamentais:

(ver tabela na imagem)

Neste quadro dão-se elementos para observar as diferenças - todas para mais - com as despesas de 1938 e por ele se pode avaliar o caminho andado.

Mas interessa conhecer as alterações em relação aos últimos anos.

A seguir se publicam os números absolutos e as respectivas percentagens para cada um dos capítulos:

(ver tabela na imagem)

Nota-se que a despesa ordinária aumentou em todas as rubricas, acentuando-se, porém, o aumento na administração geral e fiscalização e nos serviços de fomento.

No primeiro caso o acréscimo foi de cerca de 87 000 contos (86 770) e no segundo atingiu 261 524 contos. Como o aumento total foi de 559 000 contos, estes dois capítulos concorreram com 348 300 contos - cerca de 60 por cento.

Despesas extraordinárias As despesas extraordinárias estão a assumir no orçamento metropolitano e ultramarino um lugar de grande relevo. Em 1956 atingiram 4 242 000 contos.

A soma das despesas ordinárias s extraordinárias no ultramar foi de 6 924 000 contos. Juntas as da metrópole, obtém-se um volume de despesas da ordem dos 14 521 000 contos.

Por estes números se verifica que as despesas extraordinárias representam no total das despesas da comunidade portuguesa perto de 30 por cento.

No quadro a seguir indica-se a evolução das despesas extraordinárias desde 1938:

(Em milhares de contos)

(ver tabela na imagem)

(a) Inclui a importância de 664 446 contos relativos ao encerramento dos saldos das contas dos exercícios anteriores a 1956.