Cerca de 9588 contos provêm dos direitos de importação. O resto tem origem no imposto do selo (3489 contos) e nos direitos de exportação (941 contos).
É o movimento do porto de S. Vicente que concorre com parte importante dos direitos de importação e exportação, e dentre eles destacam-se os direitos sobre óleos minerais. O carvão e óleos produziram 3294 contos - menos cerca de 300 contos do que no ano anterior.
As taxas são variadas e distribuem-se por grande número de serviços, mas as mais importantes referem-se a emolumentos gerais aduaneiros (1511 contos), a receitas eventuais não especificadas (1765 contos), a taxas do tráfego aduaneiro (408 contos) e a propinas do Liceu Gil Eanes (337 contos).
A verba que avoluma este capítulo diz respeito às taxas de trânsito pagas pelos cabos submarinos que amarram no arquipélago.
A rubrica está em declínio, dados os processos modernos de comunicações, mas ainda rendeu 12 003 contos em 1956.
O maior volume de receitas cobradas neste ano resultou de ajuste de contas e não de ter havido tráfego telegráfico mais intenso. O restante do capítulo não tem interesse. Limita-se quase às cobranças da Imprensa Nacional, que, com 233 contos, foram idênticas às de 1955. Aliás, esta receita tem contrapartida na despesa.
Contos
A receita dos correios, telégrafos e telefones melhorou, assim como a do Fundo da Assistência, que passou de 1575 contos para 2161 contos. Neste Fundo a verba mais relevante é a do imposto de 3 por cento ad valorem, que somou 1548 contos - um pouco menos de metade do Fundo. As restantes consignações mantiveram-se ou melhoraram ligeiramente.
O Fundo de Protecção e Aperfeiçoamento do Tabaco produziu 391 contos - mais 30 contos do que em 1955. Pelo menos teòricamente, deve ser empregado no aperfeiçoamento da cultura do tabaco. Parece que certas ilhas tem aptidões climática; para esta cultura, mas não se obtiveram ainda grandes resultados nesta matéria por influência do Fundo.
Já se indicaram acima possibilidades agrícolas e industriais. Algumas, como a exportação de bananas, que pouco pesa actualmente na economia da província, poderiam ser muito intensificadas. Estradas interiores de acesso a portos de cabotagem e melhores métodos de cultura poderiam melhorar as condições de exportação de alguns vales do interior das ilhas.
As receitas estão ligadas ao trabalho de valorização dos recursos internos e não são de esperar grandes melhorias enquanto se não efectivarem as transformações agro-pecuárias e industriais possíveis.
Dos recursos internos a província exporta purgueira (2033 contos), água para a navegação (2091 contos), sal (1752 contos), peixe em conserva (5469 contos), café (6729 contos) e bananas (829 contos). O resto tem pouco interesse - são os couros (325 contos), o rícino (456 contos) e pouco mais.
Desapareceram já este ano os créditos revalidados.
Assim, as receitas ordinárias foram:
Contos
Receitas ordinárias efectivamente cobradas ................ 51 893
A seguir indicam-se as receitas extraordinárias:
Contos
Saldos revalidados (para outras despesas extraordinárias) . 490