Há, pois, necessidade de fazer um esforço no sentido de valorizar os recursos da província. Não sendo fácil elevar o nível de vida ao ponto desejado, parece possível melhorá-lo apreciavelmente.

Um aumento de rendimentos levará à possibilidade de reforçar as receitas.

Nas condições actuais uniu parcela importante das despesas, maior do que na metrópole, é utilizada no pagamento de pessoal.

Se forem agrupados por grandes capítulos os números das despesas, encontram-se mudanças sensíveis para mais nos serviços e na dívida e para menos nos encargos gerais, como se nota a seguir:

(Em milhares de escudos)

(Ver Quadro na Imagem).

Dão-se adiante algumas rápidas explicações sobre o significado das verbas e indicam-se lambem as alterações mais importantes. O Tesouro da metrópole cobre grande parte da dívida da província, que tem aumentado bastante nos últimos anos com a execução do Plano de Fomento e outras obras.

A dívida era de 112 886 contos em 1955 e subiu para 142 084 contos em 1956. Os credores da província são os seguintes:

Contos

Caixa Geral de Depósitos, Crédito e

Tesouro Público (Plano de Fomento).. 84 000

Pode dizer-se que a dívida se concentra no Estado. Caixa Geral de Depósitos. Crédito e Previdência (aval do Estado) e banco emissor.

O quadro pode resumir-se assim:

Contos

Caixa Geral de Depósitos, Crédito

e Previdência. ................... 35 801

O Tesouro tem pago os encargos da dívida da província na metrópole. Pelo vencimento de empréstimos já pagou até 1956 cerca de 19 379 contos.

Por estes números se nota a necessidade de procurar desenvolver, na medida do possível, os recursos da província. Há também um outro ponto a considerar. Se deve haver cuidado no gasto de verbas em territórios nacionais, na província de Cabo Verde devem ser feitos todos os esforços no sentido do bom aproveitamento dos recursos financeiros postos ao seu dispor, dadas as suas próprias dificuldades, como se deduz dos números acima publicados.

Espera-se que o auxílio concedido pela metrópole tenha compensação adequada nos trabalhos que agora seja executam na província. No Governo da província e representação nacional gastaram-se 444 contos, quase tudo em pessoal e material. A diferença para menos, da ordem dos 365 contos, teve lugar em material, como se nota a seguir:

Contos As classes inactivas custaram à província em 1956 cerca de 2462 contos - um pouco mais do que em 1955. A despesa é paga quase em partes iguais na metrópole e na província. Cerca de 240 contos são enviados para aposentados que vivem noutras províncias.

Administração geral e fiscalização Este é o capítulo de maior volume de despesa.

Em 1956 elevou-se a 11 146 contos - mais 2288 contos do que em 955.

Constituem a rubrica grande número de serviços, mas os da saúde pública e instrução são os de maiores consumos. A seguir indicam-se os gastos de cada serviço e as alterações sofridas em relação ao ano anterior:

(Ver Quadro na Imagem).