É relativamente avultada a rubrica de trabalhos hidroagrícolas, florestais e pecuários, com a despesa de 23 817 contos, já gastos.

Se, na verdade, houve acerto nos projectos, esta verba deve ter tido influência interessante na economia da província.

Conviria agora estabelecer um plano de pequenas estradas que melhorassem as comunicações do interior das ilhas com o mar.

Até agora as obras hidroagrícolas mais importantes realizaram-se nas ilhas de Santo Antão, Santiago e S. Nicolau. Nos aproveitamentos hidroagrícolas gastaram-se, na primeira, 1816 contos em obras nas ribeiras do Paul, Torre, Jorge, Chi de Pedras e Grande; na segunda (Santiago) a despesa foi de 2759 contos nas ribeiras de S. Martinho Pequeno e S. Domingos, e, finalmente, na terceira (S. Nicolau) houve obras na ribeira Brava, no cadastro e topografia e em estudos.

Pode resumir-se o gasto assim:

Contos

Fomento hidroagrícola ......... 6 833

Fomento florestal ............. 3662

Fomento pecuário .............. 6 927

Balança de pagamentos A situação financeira da província não é boa. Em todo o caso tem sido possível equilibrar as contas e a balança de pagamentos. Ultimamente, por força das verbas destinadas ao Plano de Fomento, as coberturas da metrópole permitiram grande actividade no sentido de valorizar os recursos das ilhas.

Um apanhado dá ideia dos principais recursos do exterior, que cobriram as saídas de cambiais através do banco emissor:

Contos

O restante para perfazer o total de coberturas, ou 84 133 contos, é constituído por moedas de diversa origem: florins, coroas suecas e norueguesas, cruzeiros, francos franceses, libras A. S. e outras. São moedas trocadas no porto de S. Vicente.

Sendo o total das coberturas de 84 133 contos e o das transferências de 69 238 contos, ainda ficou o saldo positivo de 14 895 contos - bastante superior ao de 1955, que se arredondou em 2453 contos. Mas, como se notou acima, parte importante das coberturas proveio dos auxílios da metrópole.

É interessante comparar as entradas e saídas de divisas. Deram-se as principais coberturas acima. As transferências mais importantes são as que seguem:

Contos

As outras transferências foram muito inferiores. A soma dos saldos positivos de anos económicos findos, incluindo o de 1956, que se arredonda em 31 994 contos, subiu para 177 853 contos desde 1914-1915. Como os saldos negativos foram de 21 274 contos, o saldo disponível seria de 156 579 contos.

Mas utilizaram-se desde aquela data 94 995 contos. Em fins de 1956 a soma dos saldos disponíveis deveria ser de 61 584 contos.

Mas ainda se não gastaram 42 695 contos, já concedidos para obras em curso. Deste modo, o saldo disponível é de 18 889 contos. O saldo de 1956 obtém-se do modo que segue:

(Ver Quadro na Imagem).

Desde 1956 o movimento financeiro dos saldos tomou a forma que segue:

(Ver Quadro na Imagem).

Utilização dos saldos de exercícios findos É possível dar este ano a resenha da aplicação dos saldos de exercícios findos desde 1941 até ao fim do exercício de 1956, num total de 94 995 contos:

Contos

Obras de hidráulica s fomento pecuário .... 4 400

Plano de saneamento e defesa das condições

Plano de Fomento e assistência ............. 3 528