As cifras de 1956 são as maiores e representam, somadas, 87,8 por cento do total.

Já se fez referência no lugar próprio à evolução do comércio externo, que atingiu o maior valor produzido até agora.

Também se notou que o café representa o factor dominante. Em 1956 a sua exportação produziu mais 292 000 contos do que em 1955.

Nos dois anos os números são os que seguem:

Esta dependência da economia angolana de um produto que representa quase 50 por cento do total das exportações, sem contar com os resíduos para fins industriais, é um dos problemas delicados da vida económica e financeira da província. Indica a conveniência de fazer um esforço sério no sentido de diversificar a produção.

Imposto do selo

22. Os números acima indicam que o imposto do selo se aproxima dos 80 000 contos (79 102 contos) e tem evolucionado progressivamente nos últimos anos.

Continua a ser a estampilha fiscal a maior verba do total, com 21 510 contos, seguida do selo de verba (14 989 contos).

As restantes rubricas - o selo de conhecimentos de cobrança (9821 contos) e o selo nas alfândegas (9373 contos) - diminuíram em relação a 1955.

As letras seladas (9010 contos) melhoraram em 1956 com um pouco menos de 1000 contos.

23. Também progrediu este capítulo, que teve um acréscimo de cerca de 2047 contos. As variações em cada um dos artigos em que ele se decompõe não foram grandes, como se nota na discriminação dos impostos publicada a seguir:

Sobre o consumo de álcool industrial....... 1 319

Sobre o fabrico e consumo de cerveja....... 11 915

Taxas

24. As taxas somaram 35 117 contos - menos 11 324 do que em 1955.

Mas deve notar-se que as receitas consignadas ao concelho de Luanda, que figuravam neste capítulo (administração civil), foram transferidas, e bem, para as consignações de receitas.

tendo em conta esta diminuição nas receitas, ainda o decréscimo no capítulo das taxas foi bastante sensível.

No quadro a seguir comparam-se as taxas nos dois últimos anos:

Vê-se que as receitas eventuais, com 12 910 contos em 1955 e apenas 3846 contos em 1956, foram a origem da grande diminuição notada.

Alguns dos restantes artigos tiveram valores bastante superiores, como o da viação e trânsito, o dos emolumentos e outros.

Domínio privado e participação em lucros

25. A receita deste capítulo baixou muito, pois desceu de 113 175 contos para 99 043 contos.

A causa principal foi a diminuição da renda da Companhia de Diamantes de Angola. A receita, que fora de 94 971 contos em 1955, desceu para 79 455 contos em 1956.

As participações em lucros foram as que seguem nos dois anos de 1955 e 1956:

No domínio privado há apenas a considerar os rendimentos de farmácias, ambulâncias, hospitais e enfermarias do Estado (2404 contos), das águas do Lobito (300 contos), as rendas de prédios urbanos e rústicos (1162 contos) e outros de menor importância.

As receitas do capítulo sumariadas tiveram a seguinte origem:

Contos