Sumariando para melhor compreensão, o custo das diversas obras até fins de 1956 foi o seguinte:
Contos
Preparação de terreno no vale do Cunene......... 12 992
Estudos para rega no vale do Cuanza............. 10 00
Caminho de ferro de Luanda até ao Lui........... 92 366
Transportes fluviais (Cunene)................... 1 856
(a) Não se inclui tudo o que se gastou nas Mabubas.
Deu-se grande impulso ao Plano de Fomento, porquanto apenas ficaram por utilizar créditos no valor de 103 044 contos.
Estes números mostram que certas obras, como a do caminho de ferro de Moçâmedes, consumiram já verbas muito altas (400 000 contos).
Algumas das obras estão a terminar, como os dos portos do Lobito e de Moçâmedes.
Fundo de Fomento
85. Já se mencionou que o plano rodoviário é financiado pelo Fundo de Fomento de Angola.
As suas receitas em 1956 atingiram 275 878 contos, que, somados aos saldos dos anos anteriores (98 600 contos), sobem para 374 478 contos.
A despesa em 1956 foi bastante menor, porém, ficando assim um saldo bastante volumoso.
Despenderam-se 166 762 contos, repartidos por aplicações da forma que segue:
Contos
Fomento agrícola, pecuário, florestal e
Estudos e projectos de melhoramentos
Abastecimento de água e energia............ l 017
Dentre as obras de interesse pode mencionar-se, além de 97 061 contos em estradas e pontes, 5584 contos em portos, 3162 contos em centrais telefónicas, 2762 contos em fomento agrário, 633 contos em repovoamento florestal, 3512 contos em sanidade pecuária, 22 350 contos em povoamento, transporte e instalação de colonos (Cela), 1017 contos em abastecimento de água à baía dos Tigres, 3280 contos em estudos de aproveitamentos hidroeléctricos e hidroagrícolas (Cuanza), 1270 contos em estudo e execução de melhoramentos locais, 3123 contos no levantamento cadastral e outras pequenas despesas em diversos fins.
Há a notar que certos serviços são financiados por despesas ordinárias e extraordinárias e pelo Fundo de Fomento de Angola, tornando-se assim difícil determinar as verbas gastas por cada um deles.
Saldos de contas
86. O saldo do exercício de 1956 elevou-se n 544 871 contos e foi inferior ao de 1955. Obteve-se do modo que segue:
Receita total arrecadada:
Receita ordinária:
Contos
Créditos revalidados e transferidos dos
anos anteriores para pagamento de
Receita extraordinária:
Receitas próprias do Fundo de Fomento
consignadas ao Plano de Fomento.......... 86 513
Saldos revalidados (Plano de Fomento).... 502 135
Saldos dos resultados apurados nas contas
Total das receitas...... 3 124 645
Encerramento dos sul dos da conta de
créditos revalidados para pagamento
Despesa extraordinária:
Encerramento dos saldos das contas dos
Já se explicou que as receitas e despesas extraordinárias se avolumaram este ano por terem sido contabilizadas as verbas que provêm do encerramento da conta de saldos dos exercícios findos anteriores ao ano de 1956, no valor de 292 318 contos.
Assim, o saldo positivo de 544 871 contos é a diferença das receitas e despesas totais:
Contos
Saldo positivo.... + 544 871
Este saldo não é, porém, disponível. Uma parte está afecta ao prosseguimento do Plano de Fomento. Há cativos para futuras utilizações 267 172 contos. O saldo disponível é assim de 277 699 contos. A fim de fazer melhor ideia das cobranças e despesas e do modo como se obteve o saldo disponível, os números podem assumir a forma seguinte:
Contos