[ver tabela na tabela]
O ano de 1953 foi de grande exportação, mas os seguintes não mantiveram a tendência, que parecia iniciar-se nessa altura. Neste ano a percentagem das exportações em relação às importações subiu para 70,7, o que na verdade está longe da baixa cifra de 55,4 em 1956, que parece tender para se agravar.
A província só tem saldo nas matérias-primas e nas substâncias alimentícias, mais nas primeiras do que nas segundas.
£ nas mercadorias que pertencem a estas duas classes das pautas que está o remédio para diminuir o déficit, visto não parecer ser possível, pelo menos nos tempos mais próximos, actuar com suficiente intensidade nas restantes.
Principais mercadorias exportadas
A baixa no algodão foi muito grande - cerca de 122 000 contos. Deve-se u más colheitas e espera-se que seja transitório este declínio. Em 1954 o algodão atingiu valores superiores a 500 000 contos e não há razões especiais que impeçam valores idênticos ou maiores nos próximos anos.
Tirando o chá, quase todas as mercadorias do quadro melhoraram a exportação.
Destino das exportações
A seguir indica-se o destino das exportações:
Enquanto se importaram 68,8 por cento cie mercadorias estrangeiras, tiveram esse destino apenas 04,8 por cento das exportações. À província importa da metrópole 28,9 por cento dos seus consumos e exporta 43,2 por cento da sua produção.
Os países principais consumidores dos produtos moçambicanos foram, em 1956, a União Sul-Africana, com 234 000 contos ou 13,5 por cento; a União Indiana, com 126 000 coutos ou 7,3 por cento; a Inglaterra, com 122800 contos ou 7 por cento; a França, com 74 000 contos ou 4,3 por cento; os Estados Unidos da América, com 70 200 contos ou 4 por cento; a Rodésia e Niassalândia, com 64 000 contos ou 3,7 por cento, e só depois vem a Alemanha, com 58 000 contos ou 3,3 por cento. E, no entanto, este país exportou para Moçambique 279 000 contos. O déficit foi substancial.
Moçambique está assim em condições de concorrer nos mercados internacionais, dado o elevado déficit que mantém com certos países grandes consumidores de matérias-primas.
Balança de pagamentos
Milhares de contos
AS operações de transferência realizadas com o exterior foram, nos dois últimos anos, as seguintes, em contos:
Houve, pois, saldos nos dois anos mencionados, mais em 1956, por terem sido menores as saídas de cambiais.
Á parte a metrópole, o maior movimento de entradas de cambiais realiza-se com as Rodésias e Niassalândia (cerca de 7 600 000 libras em 1956) e com a África do Sul (perto de 5 700 000 libras) no mesmo ano.