Assim, o aumento de receitas acima indicado foi devido à contabilização em 1956 dos saldos de exercícios anteriores a este ano, no total de 294 029 contos, que serão de futuro depositados em operações de tesouraria.

Deste modo houve de facto uma diminuição nas receitas totais de 53288 contos.

É até certo ponto para surpreender este resultado, porquanto as receitas extraordinárias foram muito inferiores em 1956, como se nota nos números acima indicados.

A razão é que as receitas ordinárias subiram muito, tendo atingido 2 945 514 contos - mais 320 979 contos do que em 1955.

Nas receitas ordinárias há a considerar verbas que ou pertencem aos serviços autónomos e por eles são utilizadas, ou provêm de saldos de exercícios findos, e portanto não foram arrecadadas no ano através do imposto, ou ainda foram verbas de transição sem contrapartida nas despesas ordinárias.

Discriminando-se, obtêm-se as receitas ordinárias efectivamente cobradas:

Receitas ordinárias efectivamente cobradas, com exclusão dos serviços autónomos .............l 305 450

Receitas dos serviços autónomos ... l 592 141

Saldos de exercícios findos para despesas ordinárias ........... 25 153

Créditos abertos com recurso em saldos de créditos revalidados para despesas ordinárias ............ 15 000

Saldo que transitou da conta do exercício de 1956 proveniente de créditos abertos para despesas ordinárias . . 7 770

Total ....... 2 945 514

As receitas ordinárias cobradas foram, pois, de 1 305 450 contos - mais 125 873 contos do que em 1955. As despesas totais elevaram-se a 3 431 948 contos, mas há que subtrair-lhes a verba relativa ao encerramento dos saldos das contas de exercícios anteriores a 1956, a que se aludiu acima.

Assim, as despesas totais têm a forma seguinte:

Contos

Despesas extraordinárias ....... 500 788

Total ...... . 3 431 948

Como na primeira verba se inclui a despesa dos serviços autónomos, convém, para efeitos de comparação

Despesas ordinárias discriminadas em capítulos orçamentais ... l 044 990

Despesas ordinárias dos serviços autónomos .......... . l 592 141

Despesas extraordinárias ....... 500 788

Total ....... 3 431 948

As receitas e despesas ordinárias foram:

Contos

Receitas ordinárias ......... l 305 450

Excesso de receitas ordinárias .... 260 460

A importância dos serviços autónomos na vida da província ressalta claramente dos números. Em 1956 toda a receita ordinária foi de l 305 450 coutos e a dos serviços autónomos atingiu l 592 141 contos - bastante mais. No caso das despesas a diferença ainda é maior. Excluindo as receitas ordinárias provenientes de saldos de anos económicos findos, ou 47 923 contos, obtêm-se as receitas ordinárias cobradas, que subiram a 2 897 591 coutos. Esta receita é bastante maior do que a que foi orçamentada, como se verifica no quadro a seguir, em milhares de contos:

Os excessos de cobranças atingiram quase 700 000 contos - cerca de 32 por cento mais do que o orçamentado. Em parte este acréscimo tão relevante proveio dos serviços autónomos, que, como se viu, aumentaram muito a sua receita em relação a 1955. Foi com efeito neste ano que começou a notar-se a acção do prolongamento do caminho de ferro do Limpopo até à fronteira da Rodésia. As receitas provenientes daquele tráfego