(Em milhares de escudos)
Os serviços ocupam posição dominante e comparticipam em cerca de 80 por cento do total. Em 1939) a sua influência no conjunto era de 88 por cento. A diminuição de percentagem reflecte o desenvolvimento do serviço da dívida e o grande progresso nas despesas levadas à conta de encargos gerais. Nesta última rubrica contabilizam-se, porém, despesas que cabem nos serviços
Dívida da província
A diminuição reflecte o serviço de amortização, por um lado, e, por outro, o pequeno recurso a empréstimos em 1956, que derivou das grandes somas levantadas em 1955 não despendidas neste ano por atrasos nas obras a que eram destinadas. Assim, em 1956 utilizaram-se empréstimos contraídos no ano anterior.
Pode dizer-se que toda a divida se concentra no Tesouro da metrópole ou em organismos directa ou indirectamente dependentes do Estado.
A seguir discrimina-se o capital da dívida em 31 de Dezembro de 1956 e indicam-se os seus portadores e as importâncias que pertencem a cada um:
Verificar-se-á adiante e em pormenor o modo como se têm empregado as verbas da dívida ultimamente contraída, mas desde já se pode dar uma resenha do seu emprego por organismos que as utilizam.
A somar os débitos desses organismos à província nota-se que há saldo positivo a favor desta. Quer dizer, o Tesouro provincial, além de ser responsável pelas quantias que emprestou, inteiramente cobertas, ainda adiantou fundos próprios.
A seguir indicam-se os débitos de diversos organismos ao Tesouro provincial:
A falta de um instituto de crédito leva o próprio Tesouro a financiar os corpos administrativos e outras instituições.
Ao comparar a dívida da província (l 442 450 contos) com os débitos ao Tesouro provincial (l 812 129 contos), verifica-se que há a favor da província um saldo da ordem dos 370 000 contos - mais 7000 contos do que em 1955. A província ainda adiantou fundos das suas próprias receitas.
Dadas as possibilidades aos portadores das instituições que contraíram débitos no Tesouro, podem considerar-se nulos os encargos da dívida. As receitas ordinárias ainda são reforçadas todos os anos com os juros do saldo da divida a seu favor. Esses juros constituem receita contabilizada no respectivo capítulo orçamental.
Assim, a situação financeira do Tesouro de Moçambique pode considerar-se boa e, até certo ponto, privilegiada em relação a outras províncias, dado que não saem do impostos os encargos da sua dívida. São pagos através de receitas próprias de diversos organismos por ele financiados.
Encargos da divida
Contos