tesouraria que respeita ao encerramento da conta dos saldos dos exercícios anteriores a 1956.

Assim, as despesas extraordinárias totais obtiveram-se do modo que segue:

Contos

Encerramento da conta de saldos revalidados a depositar em

Encerramento dos saldos das contas de exercícios anteriores

Distribuição das verbas Nos números examinados nota-se que a maior verba respeita ao Plano de Fomento. Aliás transparecem do quadro segui u to as utilizações das despesas extraordinárias:

Contos

Coube mais de metade das despesas extraordinárias ao Plano de Fomento, mas a proporção foi menor do que em 1955.

Naquele uno o Plano de Fomento absorvera 541 355 contos, num total de 651 300 contos.

A discriminação das verbas por utilizações tem interesse e revela a importância dos investimentos em comunicações, rega e enxugo.

Juntando num único quadro as rubricas afins do Plano de Fomento e de outras despesas extraordinárias obtém-se o quadro que segue:

Contos

Adiante se descreverão alguns aspectos da obra realizada.

As comunicações englobam caminhos de ferro e estradas, mas a parte mais

importante refere-se aos raminhos do ferro de Moçambique e Manhiça. O caminho de ferro do Limpopo já esteva em serviço parte do ano.

Plano de Fomento Deu-se nus pareceres de 1954 e 1955 uma resenha da origem das receitas que financiaram o Plano de Fomento e das despesas gastas. Recapitulando, pode dar-se a súmula da origem das receitas, incluindo o ano de 1956:

As receitas para financiamento do Plano de Fomento, no total de l 524 926 contos, provieram em grande parte de empréstimos. Foram ao todo 909 796 coutos, ou 70 por cento dos investimentos.

Utilizou-se também mais de meio milhão de contos do fundo de saldos de unos económicos findos. Viu-se já que o encerramento da conta de saldos anteriores a 1956 se reduzira a 294 029 contos. Acrescido do saldo de 1956, ou 296 455 contos, obtém-se a soma de 590 484 contos em fins do ano de 1956. Parte desta quantia não é disponível, visto estar cativa de utilizações em 1957.

O problema que se põe agora é o da origem dos recursos para novas utilizações, na escala ou possivelmente em maior escala que a dos anos que acabam de decorrer.

Uma parte importante dos empréstimos contraídos foi utilizada na construção de caminhos de ferro do Limpopo, de Moçambique, de Vila Luísa a Manhiça e do porto de Nacala -, todos dependentes da Direcção dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes. Não haverá certamente dificuldades, a não sobrevirem factos imprevisíveis, na liquidação dos empréstimos contraídos. Mas o programa de caminhos de ferro e portos tende a reduzir-se consideravelmente, sobretudo depois de terminado o troço do de Moçambique até ao lago Niassa.

As obras a efectuar no futuro, financiadas por empréstimos, têm de oferecer a rentabilidade precisa, pelo menos, para poderem pagar os empréstimos contraídos. Para tornar claro este assunto, que envolve a natureza dos investimentos nos últimos anos desde o início do Plano de Fomento, compilou-se o quadro seguinte:

ver tabela na imagem.