Apesar de não terem desaparecido as circunstâncias que trouxeram entrares ao Estado da índia, melhoraram as suas condições de vida económica e financeira. O volumoso saldo negativo de 1955 no comércio externo reduziu-se para menos de metade e aumentaram as entradas de cambiais no ano de 1956.

O significado desta melhoria, apesar de algumas condições desfavoráveis à produção agrícola interna, não se poderá considerar definitivo enquanto não produzirem efeito pleno as obras de fomento levadas a cabo nos últimos anos.

Apesar do bloqueio indiano dos negócios com a província e de incertezas provenientes de atentados à margem do direito e da moral, o Estado da índia tem conseguido suportar, com auxílio da metrópole e de outras províncias ultramarinas, os obstáculos opostos à sua vida normal e até progredir.

Os pontos fracos da província residem na natureza do seu comércio externo, que, em matéria de exportações, depende em grande escala da exploração das minas de f erro e de manganês.

Neste aspecto, é na verdade meritório o esforço feito em 1956. Neste ano exportaram-se mais de 2 200 000 t de minérios. Foi possível um grande avanço em relação n 1955, que se traduziu em tonelagem e valores. Num ano as quantidades de minério de ferro exportadas subiram de mais de 500 000 t, atingindo a cifra 2 046 770 t. No manganês, sem. ser tão espectaculosa a exportação, ainda ela atingiu 162 347 t, mais cerca de 13 000 t do que no ano anterior.

De modo que as dificuldades sobrevindas da falta de emigração para a União Indiana foram neutralizadas pela intensificação das actividades internas nos minérios e em outras tarefas de real interesse para a província.

Comércio externo Foi possível reduzir o déficit da balança do comércio, que atingira 65 450 000 rupias em 1955.

Em 1956 as exportações cobriram 72 por cento das importações, o que representa um avanço considerável sobre o que se passava há dez anos, quando as exportações não atingiam mais de 20 por cento das importações.

Naquele tempo a índia vivia em elevado grau da remessa de emigrantes e de outros invisíveis. Em 1956 uma grande parte das suas entradas de divisas, como se viu, proveio das exportações.

No último quinquénio o comércio externo teve a forma que consta do quadro seguinte, em milhares de rupias:

Ver tabela na imagem

O déficit de 31 300 000 rupias, embora alto, está dentro de limites que não ofereciam as perspectivas do de 1955.

No caso de continuarem as operações mineiras na escala de 1956 e de se desenvolverem outras exportações, parece ser ainda possível melhorar as circunstâncias actuais. Quase 60 por cento das importações da índia são constituídas por substâncias alimentícias, máquinas e veículos. As primeiras constam essencialmente de arroz sem casca e o seu aumento em relação a 1955 foi devido à irregularidade de chuvas. Outras substâncias alimentícias de certo peso na importação foram o açúcar e a farinha de trigo; a última com perto de 6 000 000 de rupias. se se considerar também o trigo em grão, e a primeira com 3 776 000 rupias.

Nas máquinas há a considerar, com valores relativamente altos, os automóveis de carga (6 717 000 rupias) e os de passageiros (2 343 000 rupias). Mas deve dizer-se, quanto aos primeiros, que o grande aumento na exportação de minérios necessitou de um suplemento de transportes de carga.

A safra mineira também se reflectiu na importação de gasolina e óleos.

Apesar de tudo, o quadro acima transcrito mostra que houve diminuição perceptível na importação, que proveio do considerável decréscimo nas manufacturas dive rsas. Este decréscimo derivou de muito menores importações que cimentas, apesar da execução do Plano de Fomento.