O déficit, do comércio externo de Macau ainda aumentou em 1956 devido a maiores importações e a menores exportações. Acentuaram-se, por isso, as dificuldades, embora os invisíveis atenuassem em parte o saldo negativo da balança do comércio.

Aliás, suo tradicionais os deficits na província de Macau. O mal está no seu agravamento de ano para ano.

A seguir publica-se um quadro que dá indicações sobre a vida da província nesta matéria nos últimos seis anos, em milhares de patacas:

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Como se nota, em 1950 o saldo negativo da balança de comércio foi deis vezos superior n totalidade das exportações.

Macau importa substâncias alimentícias e matérias-primas e combustíveis, que em 1956 somaram 89 por cento do total, e exporta várias mercadorias. Entre elas sobressaem os fósforos, as frutas, as hortaliças, a madeira, os mariscos, panchões, peixe fresco e peixe salgado, pivetes e vinho chinês. São produtos de origem chinesa.

Nas importações, o ouro fino representa a maior parcela.

Desta modo, as restrições opostas à liberdade do comércio com o país vizinho são uma das causas do declínio económico da província.

Ainda assim mantêm-se relações importantes com os portos da China e Hong-Kong. Em 1956 as receitas subiram para 166 861 contos, ou 30 338 000 patacas. A diferença para mais teve lugar nas receitas ordinária e extraordinária, mas nesta última lia a considerar o saldo de resultados apurados nas contas dos exercícios anteriores a 1956.

A seguir publica-se um quadro que indica as receitas totais da província.

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Como se nota, as receitas ordinárias efectivamente arrecadadas somam cerca de 102 000 contos. A diferença para o total é constituída por saldos dos anos económicos findos e empréstimos, além da pequena importância de 1500 contos do fundo de reserva.

Nas receitas extraordinárias a verba mais saliente é a de créditos revalidados relativos em grande parto ao Plano de Fomento, o que denota insuficiências no passado. A verba de 18 500 contos proveio de um novo subsídio da metrópole, aliás já indicado no parecer das coutas de 1956.

Outro facto sugerido pelo exame do quadro diz respeito ao saldo dos resultados apurados nas coutas de exercícios anteriores a 1956. Como se nota, há como que esgotamento de recursos desta origem.

O assunto será visto com maior pormenor no respectivo capítulo. Ver-se-á adiante a origem da receita ordinária, que se elevou a 100 995 coutos, mais 11 563 do que no ano anterior.

Embora ainda se esteja longe do ano de 1948, em que as receitas ordinárias atingiram a casa dos 125 000 contos, houve algum progresso em 1956.

Mas deve acentuar-se desde já que este progresso não significa melhoria correspondente na situação económica da província.

A seguir publica-se um quadro que inclui as receitas, ordinárias em patacas e escudos, ao câmbio 5$50 a pataca, para de anos.