O confronto dos dois mapas confirma que em 1956 foi mantida a orientação habitual de comedimento no recurso ao crédito, sem prejuízo da realização de despesas extraordinárias que tornaram possível continuar o ressurgimento nacional a que temos assistido nas últimas décadas o levar a efeito o Plano de Fomento em execução.

Outra política teria conduzido a uni aumento de dívida, a um incomportável agravamento de impostos ou a um atrofiamento das melhorias planeadas. É certo que para ocorrer a diversas realizações obteve o Fundo de Fomento Nacional durante a gerência 220 790 contos de receita proveniente do produto da colocação de promissórias (106 790 contos) e de antecipação de meios concedidos pelo Estado (114 000 contos). Mas não parece que estas medidas diminuam o valor do que afirmámos, uma vez que nem assim deixou de recorrer-se ao crédito com louvável parcimónia.

Os encargos da dívida

Comparados os montantes da dívida no principio e no fim da gerência, interessa agora verificar a evolução dos respectivos encargos orçamentais, que, resumidamente, se traduz nos aumentos a diminuições expressos no quadro seguinte:

Conhecidas as causas das diferenças apuradas que sumáriamente enunciámos, esclarece-se que elas resultam da comparação dos encargos inscritos nos orçamentos das duas últimas gerências, apenas afectados das transferências de rubrica legalmente previstas como natural consequência das conversões em renda perpétua e em renda vitalícia e das integrações no Fundo de amortização. Ora a despesa, orçamental e a despesa real não coincidem perfeitamente, sendo esta

habitualmente inferior aquela. Observa-se pela análise das contas que as requisições de fundos por conta das dotações confiadas à administração da .Junta se limitaram ao indispensável, reduzindo a 596:157.855$30 a despesa suportada pela caixa do Tesouro. Esta mesma despesa relativa à gerência de 1955 foi de 567:603.973$10, o que permite conclui r que não foi além de 28:553.882$20 o aumento dos encargos da dívida em 1956.