(1959-1964)
O desenvolvimento económico no período 1959-1964
Quer isto dizer que se espera que o País inverta em actividades reprodutivas no continente mais de 3 milhões de contos, em média, por ano, do que no período anterior e que o Estado toma a direcção efectiva de uma parte do investimento que anda pelo dobro do inscrito no I Plano de Fomento.
O presente Plano, porém, não se contém apenas no mapa dos investimentos nele inscritos: é, muito mais do que isso, um programa da política económica a prosseguir no período considerado, tendo em vista o progressivo desenvolvimento da riqueza e do rendimento nacionais. Tudo nele está, consequentemente, orientado para uma política de crescimento económico, de modo que a sua execução possa influir na vida do País muito para além do que representa a percentagem de investimento abrangida.
Partindo-se da previsão razoável de certo aumento do investimento em capital fixo, com a correspondente variação das existências, admite-se também que melhore a produtividade do capital nacional graças a um esforço dirigido nesse sentido. Desse modo, espera-se conseguir que o produto nacional bruto aumente 27 por cento ao cabo dos seis anos e duplique no prazo máximo de dezassete anos, com melhoria apreciável do nível de vida do povo português e de modo que a capitação anual do produto suba de 6.365$ pura 7.750$, o que corresponderá a um acréscimo de 22 por cento.
Continua o Plano a ser concebido como norma de disciplina da intervenção do Estado numa economia de mercado que se deseja conservar e robustecer, sem afectar a iniciativa das empresas nem a razoável competição entre elas. Quer isto dizer que para cumprir as previsões de crescimento económico em que se baseia é indispensável a conjugação dos esforços do Governo e da Nação. Previu-se com prudência: se as circunstâncias conjunturais ajudarem e se na execução do Plano se trabalhar com a fé, a decisão e o vigor que os interesses em causa justificam, não será difícil atingir os objectivos visados.