do Estado, nos termos legais. As obras de grande regadio a executar pelo Estado interessarão a área de 161 700 ha, correspondente a 6 por cento da superfície total da província, assim distribuída:
Sistema do Baixo Alentejo, englobando o aproveitamento
do alto Sado e a 1.ª fase, constituída pelo
istema do Alto Alentejo, englobando a 1.ª fase
A execução completa do plano demorará entre dezoito a vinte e quatro anos, ou seja o período de três ou quatro Planos de Fomento, e compreende a construção de vinte e três grandes albufeiras e de setenta e três albufeiras em pequenos aproveitamentos, com a capacidade útil total de 2 591 000 000 m3 de água. Sempre que possível, a água é também aproveitada para a produção de energia eléctrica.
O custo total das obras foi orçado como segue:
iscriminada por natureza das despesas, a estimativa do custo global destes empreendimentos apresenta-se da seguinte forma:
O problema da remodelação da estrutura agrária das áreas regadas em termos do se extrair do regadio o máximo rendimento económico-social está a ser estudado da mesma forma que a sua exploração agrícola. A conclusão desses estudos demorará certamente o início da 1.ª fase das obras. Parece, pelo que já se apurou, que deverão ser intensificadas, em rotação com a cultura do trigo, as culturas forrageiras, com o fim de se conseguirem simultaneamente maiores produções pecuárias - carne e leite - e as massas de estrume indispensáveis ao equilíbrio da fertilidade das terras a regar. As áreas não necessárias para a produção de forragens serão destinadas, consoante as determinantes locais (sobretudo solo e clima), a pomares e culturas hortícolas e industriais, admitindo-se entre estas a hipótese da cultura do tabaco.
O sistema de albufeiras e canais de rega contribuirá decisivamente para o ordenamento hidráulico do Alentejo, bem como o das bacias hidrográficas do Algarve (Guadiana ) e do Ribatejo (Tejo e, nomeadamente, os seus afluentes Sorraia, ribeira de Figueiró e Almansor). Graças ao mesmo sistema, poderão ser abastecidos de água muitos núcleos populacionais do Alentejo com escassas disponibilidades locais, calculando-se em cerca de 500 000 os habitantes beneficiados; e dar-se-á também importante contribuição para o desenvolvimento da electrificação do Alentejo e Algarve.
A realização das obras exigirá a construção de 358,5 km de estradas e caminhos, assim discriminados:
Estradas de acesso às obras ....... 20,5
Total ....... 358,5
Contos
Rio Caia ..................... 180 000
3. Conclusão dos aproveitamentos do
vale do Sorraia, dos sapais do
elhoramento de regadios
colectivos antigos no Norte do País,
e pequenas obras de defesa, enxugo e
rega em diversas regiões ........... 30 000
(a) Inclui 7100 contos de autofinanciamento.
§4.º Povoamento florestal
A floresta surge assim como a única forma de valorização dos nossos terrenos montanhosos ou delgados, que cobrem mais de metade do território metropolitano e insular. Todavia, o facto de o aproveitamento da maior parte do solo nacional não oferecer outras possibilidades além da arborização florestal não significa que os resultados venham a ser forçosamente modestos. Um país predominantemente florestal não é fatalmente um país pobre, desde que saiba aproveitar bem todos os recursos que a árvore põe à sua disposição.