urânio puro obtidos da exploração mineira nacional, com o qual podei á alimentar os reactores que venham a existir no País ou estabelecer permuta.
A estimativa aproximada do custo da instalação necessária para a (produção de 200 t de urânio metálico por ano é a- seguinte:
Esta verba é baseada na previsão da necessidade de explorar seis minas para alimentação da fábrica.
Prevê-se que cerca de metade da alimentação da unidade tenha de ser assegurada com concentrados físicos obtidos a .partir de minérios pobres, com 0,05 por cento, de U3O3, operação esta que se admite possa funcionar com um rendimento de 75 por cento. Isto equivale a tratar aproximadamente 1000 t de minérios pobres por dia, que poderão ser concentradas à boca das minas - poupando-se assim os transportes - em lavarias exigindo um empate de capital do valor indicado.
Assenta esta estimativa nas indicações contidas no livro Chemical Engireering Cost Estimation, por R. S. Aries e R. D. Newton (1955). O valor encontrado coincide com os dados americanos comunicados ao American Mining Congress, realizado em Outubro de 1956.
A avaliação é baseada nos preços da (proposta para a instalação-piloto que vai ser construída pela Junta de Energia Nuclear, proposta essa escolhida como a mais completa do ponto de vista industrial entre diversas apresentadas àquele organismo por várias firmas estrangeiras da especialidade para o efeito consultadas.
O investimento total será assim de 300 000 contos, a financiar por receitas próprias da Junta e dependente, por conseguinte, das possibilidades desta.
Contos
Está em curso a montagem, no Seixal, da instalação da redução com. alto forno, a coque, e respectiva acearia e laminagem para a produção final de 200 000 t, o que tudo deverá ficar concluído até ao termo de 1960.
A partir de 1961 iniciar-se-á a 2.a fase, que compreende, no Norte, instalações de redução para produção anual de 150 000 t de gusa, com ampliação da laminagem até 300 000 t anuais, mais a montagem de coquearia e do necessário para aproveitamento de subprodutos.
Os investimentos previstos, incluindo o que deixou de ser financiado no I Plano, são os seguintes:
Instalação do alto forno, acearia e laminagem no Seixal, instalação de unidades de redução no Norte, coquearia e aproveitamento dos subprodutos - 2 500 000 contos.
Instalação Krupp-Renn para aproveitamento dos minérios de Moncorvo - 300 000 contos.
Destina-se a esse fim a importância de 180 000 contos, sem contar com os investimentos a fazer na rede de distribuição e para aumento da capacidade de armazenagem.
Para esse efeito haverá que ampliar a produção de adubos com 20 por cento de N2 em. cerca de 44 000 t de azoto.
Ainda dentro do I Plano, foram constituídas as empresas Sociedade Portuguesa de Petroquímica e Nitratos de Portugal, para aproveitamento dos subprodutos da refinaria de petróleo, com autorização para produzirem, respectivamente, 120 t/dia de amoníaco e 250 000 m3 de gás de iluminação e 80 000 t/ano de adubos nítricos a partir do amoníaco, sem prejuízo do fornecimento de 12 000 t/ano à indústria do sulfato de amónio. Foi ainda autorizada a Sapec a produzir 70 t/dia de adubos compostos de azoto e fósforo.
A coquearia do Seixal permitirá a produção de 60 000 t/ano de amoníaco, o que, conjuntamente com a ampliação prevista do fabrico de outras empresas leva a calcular que numa nova fase, a iniciar em 1961, possam ser transformadas em adubos azotados, para o mercado interno e para exportação, mais 75 000 t a 100 000 t de amoníaco.
Os investimentos a considerar são os seguintes:
Contos
a) Continuação da execução dos programas em curso ........ 220 000
b) Realização da nova fase de produção 450 000 ........... 450 000
Total ...... 670 000