3) A assistência técnica ao agricultor.
Os dois primeiros estão intimamente ligados com o terceiro -assistência técnica, e quem diz assistência técnica diz também disciplina nas actividades agrícolas - como não pode dissociar-se dos problemas florestais e pecuários. Trata-se, pois, na sua generalidade, de um problema de fomento agro-pecuário, que, grosseiramente, pode ser assim enunciado:
Delimitação e estudo das áreas agricultáveis;
Recuperação do solo das áreas degradadas ou enfraquecidas e aproveitamento dos terrenos incultos;
Demarcação das áreas próprias para as várias culturas;
Definição das culturas possíveis e recomendáveis;
Estudo dos processos culturais;
Ensino e educação dos nativos e fixados, para se tornarem bons agricultores, distribuição de terras aos mesmos;
Assistência técnica a todos os agricultores;
Estudo da possibilidade de irrigação das plantações;
Luta biológica contra as pragas que fazem perigar as produções, especialmente do cacau e do café;
Ordenação da exploração florestal, estudo das árvores de sombra para abrigo do cacau e do café e repovoamentos florestais;
Condicionamento e estímulo da produção pecuária, sobretudo com vista ao fornecimento de carne fresca às populações e à produção de estrume para correcção dos solos;
Estudo climatológico, com vista a obras de defesa das condições naturais;
Este programa excede as possibilidades dos actuais serviços de agricultura e florestas e deverá ser principalmente executado por um órgão a criar, que ao nível científico alie a rápida aplicabilidade prática dos seus trabalhos.
Inscreve-se uma verba de 15 000 contos.
Este aproveitamento pode fornecer cerca de 34 milhões de kilowatts-hora, com um coeficiente de utilização de 0,75, e executar-se em quatro fases.
Prevê-se a execução dos dois primeiros escalões e da linha de transporte de energia para a cidade, que terá cerca de 27 km e permitirá abastecer as povoações de Guadalupe e Santo Amaro.
Contando que em fins de 1958 se apure um saldo de 10 000 contos nas obras realizadas pelo I Plano de Fomento, prevê-se uma despesa total de 45 000 contos.
No primeiro, onde se está construindo um cais para pequenas embarcações, conta-se só com o complemento de apetrechamento, iniciado em 1958. No segundo ter-se-á de construir uma pequena obra de atracação de batelões.
Calcula-se que bastem 11 000 contos.
O Aeródromo do Príncipe carece de consolidação da pista, sinalização e instalações de controle e de segurança da navegação aérea, que importarão em 3600 contos.
Urge também a aquisição de um aparelho para os serviços aéreos.
Dotação total: 11 000 contos.
A verba a inscrever será de 10 000 contos.
Partiu-se do princípio de que a dispersão das habitações e as rudimentares comodidades das vilas não constituem estímulo bastante para que as respectivas populações aspirem a um nível de vida mais elevado e, ainda menos, para que a imigração se fixe. Ora, sem esta aspiração não pode haver progresso económico e social nem os interessados encontram justificação para alteração dos hábitos ancestrais de actividade.
No I Plano iniciou-se a remodelação de cinco núcleos - Trindade, Neves, Angolares, Guadalupe e Madalena -, construindo-se em cada um centros cí-