barragem de armazenamento, a montante do actual açude, em cerca de 50 km, com o fim de numa 1.ª fase permitir o represamento de cerca de 500 000 000 m3 de água a turbinas na ampliada central do Mavuzi. O túnel, com origem no açude e de 2200 m de comprimento, trabalhando em carga, havia sido já construído com as dimensões necessárias II uma ampliação de valor aproximado ao que está em execução. Todas estas obras deverão ficar concluídas no último trimestre do corrente ano e as instalações de produção de energia poderão fornecer cerca de 200 000 000 kWh/ano a 220 000 000 kWh/ano.
O contrato entre a Sher e a E. S. C. prevê um fornecimento de 1 500 000 000 kWh em dez anos, ou seja uma média de 150 000 000 kWh/ano, com um máximo de 157 x 106, prevendo-se que as necessidades de consumo interno, que ainda não absorvem os restantes 50 X 106 kWh, dentro de alguns anos exijam esta energia. É, pois, indispensável prever desde já a ampliação das instalações, para assegurar, antes de mais, o consumo interno, mas subsidiariamente manter também a exportação de energia.
Inscrevem-se, por isso, 150 000 contos, que se destinam à execução de uma central de pé de barragem na Chicamba e a elevar a cota da crista da barragem do mesmo nome da coita 605 m à 625 m, passando de um armazenamento de 500 X 106 m3 para 1800 X 106 m3. Este novo- armazenamento* permitirá uma regularização- interanual de metade da bacia hidrográfica do rio Revuè e será a base fundamental de todo o esquema futuro de aproveitamento integral.
Ainda dentro deste Plano de Fomento, será esta mesma barragem que permitirá armazenar a água necessária a uma parte do esquema de rega previsto no programa hidroagrícola para povoamento na bacia do rio Revuè.
Prevê-se ainda a construção de uma outra central de baixa queda, com uma potência de 8200 kW, utilizando as águas turbinadas no Mavuzi (actual), como alternativa na diminuição da potência a instalar na central de pé de barragem, que passaria então de 40 MW para 15 MW.
Este novo conjunto deverá acrescentar um volume de energia de cerca de 100 X 106 kWh/ano às instalações a acabar no corrente ano.
Inscrevem-se agora 400 000 contos para, de harmonia com os estudos realizados e os resultados já colhidos da experiência, concluir o colonato, terminando a obra de irrigação e continuando a instalação de alguns milhares de colonos, tanto europeus como africanos.
A obra de rega tem como base a barragem da Chicamba, no rio Revuè, que está já sendo construída pela Sociedade Hidroeléctrica do Revuè.
Além da rega, prestar-se-á atenção cuidada ao povoamento florestal, considerando-se a zona montanhosa apta para a produção de espécies exóticas, e proceder-se-á ao ordenamento das florestas das zonas mais baixas.
Pode dizer-se que a área que agora se vai tratar tem apenas uma incipiente ocupação humana, tudo recomendando, política e econòmicamente, que tal estado de coisas, se não mantenha. A circunstância de se tratar duma região que já possui resolvido, em óptimas condições, o problema dos transportes, quer em estrada, quer em caminho de ferro, vem ainda facilitar o empreendimento.
Presentemente, os núcleos europeus que já se dedicam ao tabaco estão especialmente localizados nas zonas de Ribaué e Malema. No distrito da Beira (região do Chimoio), embora em menor escala, iniciou-se também o plantio e industrialização do I ábaco, com base nos tipos claros.
Quer a zona de Malema e Ribaué, quer a zona do Ühhnoio, têm largas possibilidades neste campo de