(a) Em contos.

(b) Exportações sobre importações.

A metrópole tem vindo marcando acentuada posição negativa na balança de pagamentos, o que equivale a dizer-se que compra à província apenas uma parte correspondente ao valor do que para ela exporta, e que é representada na percentagem indicada, a qual exprime a medida em que as exportações, cobrem as importações. Assim, a metrópole, que em 1955 quase tinha atingido, afinal, a igualdade, isto é, tinha comprado à província produtos no valor aproximado das mercadorias que forneceu (98,2 por cento), em 1956 desceu a percentagem das suas compras para 83 por cento.

Quanto às províncias ultramarinas, embora tenham melhorado a sua posição de compradoras de produtos de S. Tomé e Príncipe - 0,6 por cento em 1955 para 1,4 por cento em 1956 -, continuam a ter pequena expressão como mercados consumidores. De resto, compreende-se que assim seja, pois não existem nesses territórios indústrias laboradoras dos produtos de S. Tomé, ao passo que são produtoras de géneros alimentícios que S. Tomé importa na sua totalidade, principalmente de Angola.

Quanto aos países estrangeiros, as percentagens dos últimos quatro anos, conquanto favoráveis à economia da província, são bastante díspares, e isto porque em 1954 o valor excepcional das cotações dos produtos de S. Tomé originou uma elevada percentagem, que no ano seguinte teve uma queda brusca, motivada não só por menores quantidades exportadas, como também por mais baixas cotações, verificando-se, todavia, em 1956 uma melhoria de posição, mas devida unicamente ao facto de terem sido exportadas maiores quantidades de cacau, pois as cotações continuaram a descer.

Seguem-se dois quadros, relativos à importação para consuma e exportação nacional e nacionalizada, respectivamente, distribuídas pelas seis classes da nomenclatura aduaneira, que nos indicam as tendências do comércio externo:

Mercadorias Importadas

Classes da pauta

Fios, tecidos, etc.....

Substâncias alimentícias....

Máquinas, embarcações e veículos....

Manufacturas diversas....

Mercadorias exportadas

Classes da pauta

Fios, tecidos, etc.....

Substâncias alimentícias....

Máquinas, embarcações e veículos....

Manufacturas diversas....

Destes últimos dois quadros, analisando os seus números, se infere que:

a) A importação em 1956, de uma maneira geral, manteve-se equilibrada com a do ano anterior. As diferenças que se notariam em percentagem em relação a 1955 tiveram, segundo informações da província as seguintes origens: «Animais vivos» e «Matérias-primas», devido a maiores quantidades importadas e maior custo;

II) «Fios, tecidos, etc.», devido a maiores quantidades importadas, mas principalmente a menor custo;

III) «Substancias alimentícias», devido a maiores quantidades importadas, sendo o custo ligeiramente inferior;

IV) «Máquinas, embarcações e veículos», devido ao aumento considerável do custo. A tonelagem foi muito inferior à de 1955;

V) «Manufacturas diversas», devido igualmente a apreciável aumento de custo, tendo registado muito menor tonelagem.