inerentes a essa quantia, que, assim, o Estado deixou de receber.
Todavia, como prever que, com a independência do território de Ghana, este lançaria no mercado toda a sua produção de cacau, fazendo assim baixar a cotação do produto?
Note-se que até aqui toda a produção desse território era absorvido pela Grã-Bretanha, a um preço previamente por esta fixado.
O café Arábica teve maior quantidade exportada em 1956 - 142 t -, quase o dobro do ano anterior, mas, em contrapartida, a cotação média foi inferior, passando de 43,1 para 38,2 contos por tonelada. A saída deste produto para novos mercados é que sofreu um novo incremento em 1956.
Ao passo que em 1955 a metrópole absorveu quase na totalidade o café Arábica (711 das 72 t exportadas), cabendo o restante a Moçambique, em 1956 foi já o produto adquirido por oito países, dos quais se destacam os principais no quadro seguinte:
Países consumidores de café arábica
Metrópole ....
França ....
Itália ....
Além destes países, há ainda a registar a Bélgica, Moçambique e Angola, com quantidades e valores mais baixos.
O café Libéria, também com 661 exportadas a mais em 1956 - 217 t, para 152 t em 1955 -, igualmente foi atingido por cotações inferiores às de 1955, passando o valor anedio da tonelada de 31 para 29,1 contos.
Tal como no ano anterior, os principais compradores foram a Bélgica (101 t e 2921 contos), a Holanda (86 t e 2518 contos) e a Noruega (19 t e 554 contos), lugar que em 1955 foi ocupado pela França. O restante foi adquirido pela França, Moçambique e metrópole, respectivamente nas seguintes quantidades: 5 t, 2,8 t e 3 t.
Vejamos agora o que se passou quanto a oleaginosas: exactamente como sucedeu em 1955, subiram as cotações do óleo de palma, manteve-se a do coconote e desceu a da copra, nas seguintes proporções:
b) O coconote manteve-se a 2,8 coutos por tonelada;
c) A copra desceu de 4 para 3,8 contos por tonelada.
Por fim, vejamos no seguinte quadro a distribuição destes produtos pelos principais países compradores:
Países compradores
Metrópole ....
Inglaterra ....
Dinamarca ....
França ....
Apreciada em conjunto a exportação do ano de 1956, constatamos, em resumo, que, com excepção da copra e do óleo de palma, todos os outros produtos registaram maiores quantidades exportadas rio que em 1955, principalmente o cacau, que é, como se disse, o produto de maior valor económico da província. Apesar disso, o valor total da exportação foi proporcionalmente muito mais baixo, devido, como já se disse, também à quebra de valores de cotações que sofreu. Temos, pois, que foram os cotações que afectaram a economia da província e que contribuíram para que o saldo da balança comercial fosse dos mais baixos registados nos últimos anos.
Assim, urge tomar medidas que salvaguardem o futuro das plantações de cacau, pois as perspectivas da sua produção são francamente desfavoráveis.
Finalmente, para complemento, damos a seguir a relação dos principais produtores mundiais de cacau: Ghana, 275 000 t, Brasil, 173 000 t e Nigéria, 140 000 t.
Seguem-se outros países, em quantidades que variam entre 76 0001 e 12 0001. 8. Tomé e Príncipe, que outrora ocupou posição destacada na produção mundial do cacau, está hoje colocada, com as suas escassas 8000 t, em 14.º lugar entre os trinta e quatro países produtores.
É, a terminar, passemos uma rápida vista de olhos pela indústria existente na província:
A pesca da baleia, que principiou a fazer-se em 1927, sob aparentes bons auspícios, cessou no ano seguinte. Julgou-se que voltaria a fazer-se em 1955, mas a verdade é que assim não sucedeu. Além desta indústria, que inicialmente teve grande relevo na vida económica da província e que morreu por completo, só há que mencionar uma pequena fábrica de sabão, uma serração de madeiras, uma moagem de milho, uma fábrica de cal e outra de refrigerantes.
Situação da tesouraria - comparação com a situação em 31 de Dezembro de 1954 e de 1955