(Ver Quadro na Imagem).

Com referência aos produtos de origem agrícola, observa-se que em 1956 o café aumentou o valor das suas vendas para o exterior em 23,47 por cento, aumento que não correspondeu, todavia, à maior tonelagem exportada - mais 45,02 por cento que no ano anterior -, por ter baixado o preço médio desta, de 21.516$ em 1955 para 18.319$ em 1956.

A exportação do milho, que em 1955 havia sofrido uma quebra de 43,35 por cento, por terem saído menos 44 0001 que em. 1954, experimentou em 1956 um aumento superior a 77 000 t, ou seja cerca de 144 por cento; no entanto, o preço médio por tonelada baixou de 1.622$ para 1.468$. E de salientar ainda o facto de este produto ter passado a ocupar o 2.º lugar entre os produtos de origem agrícola.

No sisal, em relação ao qual se deu uma ligeira subida no preço médio da tonelagem exportada, as vendas para o exterior baixaram em perto de 12:000.000$, em virtude de terem saído menos 3574 t.

O algodão, cujo preço médio por tonelada exportada se. elevou de 14.484$ para 15.922$, registou um ligeiro aumento no valor dos seus embarques, não obstante o decréscimo sofrido em tonelagem.

O açúcar manteve-se quase no mesmo nível da exportação do ano anterior.

A crueira viu o produto das suas vendas acrescido de 41,55 por cento, aumento, portanto, ainda superior àquele que se tinha verificado em 1955.

Afirma-se assim, com evidência, a sua crescente exportação, que no curto espaço de dois anos duplicou em tonelagem.

O seu preço médio passou de 1.633$ para 1.676$.

O preço médio da exportação do óleo de palma, subindo de 5.135$ para 5.280$ por tonelada, veio contribuir para as maiores vendas efectuadas em 1956.

O feijão registou em tonelagem um substancial aumento, de 44,55 por cento, mas, como o seu preço médio caiu de 2.454$ para 1.937$ por tonelada, apenas lhe correspondeu uma subida de 14,05 por cento em valor.

O coconote sofreu reduções paralelas em tonelagem e em valor, respectivamente de 8,96 por cento e 8,55 por cento, tendo o preço médio subido de 3.287$ para 3.301$ por tonelada exportada.

O preço médio da exportação do cacau experimentou uma substancial redução, de 22.458$ por tonelada para 13.072$, resultando dessa grande diferença de preços o menor valor atingido pela sua exportação, apesar de ter subido perto de 50 por cento a correspondente tonelagem.

Pelo que toca aos produtos de origem mineral, observa-se que durante 1956 os diamantes continuaram a ocupar o 2.° lugar no quadro geral das exportações, não se revestindo de qualquer significado as suas ligeiras variações para mais.

O manganês, devido à subida do seu preço, de 534$ por tonelada exportada para 928$, atingiu um apreciável aumento de 53,01 por cento em valor, não obstante o decréscimo verificado em tonelagem.

O cobre beneficiou de um incremento, em valor, menos que proporcional ao aumento em tonelagem, devido à descida do preço médio da tonelada, de 15,923$ para 14.075$.

Relativamente aos produtos de origem animal, temos que:

A farinha de peixe continua a ser o mais relevante produto de exportação dentro desta classe e, igualmente, o mais representativo no quadro das indústrias transformadoras; continuando a ocupar o 3.º lugar no quadro geral das exportações de Angola, a uma ligeira subida em tonelagem correspondeu em valor um acréscimo insignificante, devido u queda do preço médio, de 4.035$ para 3.788$ por tonelada.

A exportação do óleo de peixe baixou em tonelagem de 9,46 por cento e de 3,43 por cento em valor, tendo subido, pois, o preço médio de exportação de 5.073$ para 5.411$.

A cera contribuiu para a exportação com uma importância ligeiramente inferior, tendo, no entanto, subido o seu preço médio de 28.628$ para 32.180$.

Finalmente, as conservas de peixe registaram recuos paralelos em tonelagem e em valor, embora o preço médio da tonelada exportada tivesse subido ligeiramente, de 16.635$ para 16.981$.

Posto isto, não queremos deixar de nos referir ao novel produto de exportação de Angola: o petróleo.

Os principais trabalhos efectuados pela missão de pesquisas de petróleo incidiram principalmente sobre o levantamento geológico da bacia sedimentar do Guanza, com especial incidência sobre as formações lagunares da periferia; continuação da prospecção sísmica da mesma bacia e estudo, pela sísmica marítima, de plataforma continental integrada nas áreas da concessão; continuação das sondagens na estrutura de Benfica e início das sondagens na estrutura de Luanda, onde se obtiveram indícios da sua produtividade. O total dos poços abertos durante o ano foi de onze, totalizando 22 195 m de sondagens.

Iniciaram-se em 1956 as exportações de petróleo, muito embora em pequena quantidade, pois até final do ano apenas saíram 4280 t com destino à Sacor.

Conforme despacho de 29 de Dezembro de 1956 de S. Ex.ª o Governador-Geral da província, a refinaria deverá ficar localizada na região da Mulemba, ao norte da capital, devendo as instalações portuárias correspondentes situar-se na baía de Luanda.

Tal como se fez para a importação, damos a seguir um quadro das mercadorias exportadas, segundo as classes da pauta aduaneira e relativo a cada um dos anos constituintes do quadriénio 1953-1956:

(Ver Quadro na Imagem).