(Ver Quadro na Imagem).

A percentagem diz aqui respeito às exportações sobre as importações. Existe, pois, uni déficit, mas a balança de pagamentos não apresenta preocupações imediatas, tanto mais que, como se disse anteriormente, há que dar a este déficit o seu verdadeiro significado: as obras do Plano de Fomento vieram elevar enormemente o montante das importações e, consequentemente, o respectivo saldo negativo e percentagem resultante. Todavia, é de notar que essas mesmas obras do Plano de Fomento, aumentos de quilometragem das vias férreas e linhas de camionagem, o melhoramento das técnicas de produção em resultado da assistência técnica prestada, etc., que ora desequilibram tanto a balança de pagamentos como a balança comercial, contribuirão, num futuro mais ou menos próximo, para aumento da produção de consumo e de exportação, fazendo, portanto, melhorar as posições daquelas balanças.

Acresce ainda que o desnível da balança comercial, que, como se viu, atingi em 195G mais de 1 200 00 0 contos, acrescido dos capitais que a diversos títulos saem da província, é compensado na balança de pagamentos pelas receitas de emigração e dos transportes, pelo turismo e pêlos novos capitais que procuram fixar-se em Moçambique.

O saldo de cambiais arrecadados no Fundo Cambial não cessa de crescer, demonstrando, deste modo, a acumulação de saldos positivos na balança de pagamentos da província.

Os dois quadros que seguem dão uma análise, segundo as classes da pauta aduaneira, do movimento das importações e exportações da província, permitindo apreciar melhor as tendências do comércio externo:

(Ver Quadro na Imagem).

Conforme se verifica ainda em apoio do que ficou dito, nas importações têm principal relevo as máquinas, embarcações, etc., e as manufacturas diversas, que, em conjunto, representam cerca de 50 por cento mais precisamente, 49,67 por cento- do total, seguindo-se as matérias-primas, com 18,25 por cento - o que, aliás, bem se compreende numa província que activamente está procurando apetrechar-se para um melhor aproveitamento das suas riquezas naturais.

Na exportação marcam destacada posição as matérias-primas, com 57,29 por cento, seguindo-se-lhe, a grande distância, as substâncias alimentícias, com 31,44 por cento. Note-se, no entanto, que em 1955 estas percentagens foram, respectivamente, de 60,83 por cento e de 27,21 por cento.

Eis seguidamente um quadro das principais mercadorias importadas e seus quantitativos, em contos e tonelada», durante cada um dos anos constituintes do quadriénio 1953-1956.