(Ver Quadro na Imagem).

O comércio externo, conforme se constata, vem evoluindo em sentido crescente, à excepção do ano de 1955, em que se nota o agravamento do desnível comercial.

A balança comercial da província sempre se encerrou com pesado déficit, mas este, como se vê no quadro acima, vem decrescendo, à excepção, como se disse já, do ano de 1955, em que o valor das importações aparece desproporcionalmente aumentado, devido ao facto de em 1954 ter diminuído o seu volume em consequência da paralisação de transportes de longo curso nos últimos meses desse ano, paralisação essa devida à greve nos portos estrangeiros, o que originou chegarem só em 1955 grandes tonelagens de mercadoria que normalmente teriam entrado na província ainda em 1954.

Assim se vê que as importações apresentam uma tendência para aumentar correspondente ao poder do consumo. Este aumento, porém, embora sensível, não é elevado. De resto, a balança comercial melhorou bastante, pois se verifica afinal que, enquanto as exp ortações há, por exemplo, dez anos não cobriam mais de 20 por cento das importações, em 1956 já cobriram mais de 72 por cento.

Eis agora, segundo a pauta aduaneira, um quadro referente à importação e sua evolução no quadriénio de 1953-1956:

(Ver Quadro na Imagem).

Noto-se que, à excepção de «Animais vivos» e a Manufacturas diversas», em todas as outras classes de pauta se verifica um aumento no valor das importações. A maior percentagem cabe às «Substâncias alimentícias», e isto é devido, segundo informação da província, ao facto de as irregularidades das chuvas terem, em 1956, afectado gravemente a produção de arroz e outros cereais, apesar de todas as medidas que o Governo tomou para incremento da produção.

A seguir às Substâncias alimentícias» vêm as «Máquinas, embarcações, etc.», facto devido principalmente ao desenvolvimento da indústria mineira, pois esta classe abrange compressores de ar, embarcações e camiões de transporte de minérios, que, em número crescente, são importados em função do incremento da actividade mineira. Inclui, além disso, a mesma rubrica, aparelhagem para o fomento agrícola.

Segue-se um quadro das principais mercadorias importadas pela província em cada um dos anos constituintes do quadriénio de 1953-1956:

(Ver Quadro na Imagem).

A excepção de «Cimento e pozolanas», «Açúcar» e «Chá», em 1956, como se vê, a importação de todas as outras mercadorias aumentou em relação a 1955. Somente tratando-se de «Tabaco em folha e em rolo» a importação diminuiu em quantidade, embora o seu valor seja maior, devido à subida do preço no mercado externo.

O «Arroz sem casca» continua a ser a principal importação. A seguir vêm os «Tecidos» e «Automóveis de carga». O aumento da importação destes últimos é, aliás, justificado pela crescente necessidade de transporte de minério da boca da mina até ao local onde deve ser carregado para exportação. Justificação semelhante tem o aumento de importação de «Óleos combustíveis».

A importante diferença, para menos, que se nota na importação de «Cimentes e pozolanas», em 1956, relativamente a 1955, apesar das obras de fomento e outras construções em curso, explica-se mais pelo excessivo alimento da sua importação em 195 5 do que por qualquer outro factor.

Por sua vez, a diminuição na importação do «Açúcar» o do «Chá» não tem significação especial, pois está dentro dos limites de variação anual.

Analisemos agora o que se passa com a exportação.

Eis a seguir um quadro da mesma, segundo as classes da pauta aduaneira, em 31 de Dezembro de cada um dos anos constituintes do quadriénio de 1953-1956:

(Ver Quadro na Imagem).

Como se verifica, a exportação é dominada pelas «Matérias-primas», com uma percentagem de 96 por cento em relação ao valor total da exportação da província.