Segue-se um outro mapa elucidativo cia variação do valor dos produtos exportados em cada um dos anos do quadriénio acima referido:

(Ver Quadro na Imagem).

Constata-se que o minério, tanto de ferro como de manganês, tem sido o principal pilar da exportação da província. De facto, no Estado da índia as indústrias mineiras constituem o pólo das suas actividades económicas.

A exportação de minério de ferro, que começou em 1949, com cerca do 50 000 t, no valor de pouco mais de 1 milhão de rupias, aumentou verticalmente nos anos seguintes, quer em volume, quer em valor. Assim, em 1956 exportaram-se deste minério 2 046 770 t, no valor, como se vê no quadro anterior, de 59 083 milhares de rupias.

A exportação do minério de manganês, que começou em 1947, com apenas 100 t, no valor de 4000 rupias, c aumentou até 1953 - ano em que ultrapassou 200 000 t, no valor de 29 235 milhares de rupias, isto é portanto, cerca de 30 milhões de rupias -, decaiu no imo seguinte paru menos de metade no volume e um terço no valor; nos dois últimos anos - 1955 e 1956 -, porém, as suas exportações elevaram-se, não tendo contudo voltado a atingir números da ordem de 2 centenas de milhares de toneladas e 3 dezenas de milhões de rupias.

O Japão, a Itália e a Alemanha são os principais mercados do minério de ferro exportado pela província, nas seguintes quantidades:

Toneladas

além da Jugoslávia, Hungria e Polónia, com cerca de 20 000 t.

A Alemanha Ocidental e os Estados Unidos da América do Norte foram, por sua vez, os mais importantes mercados do minério de manganês, respectivamente com 40 000 t e 39 000 t. Mas a Itália (27 000 t) e a França (27 000 t) adquiriram também quantidades que justificam uma referência.

A seguir aos minérios, a que acabámos de fazer referência, vem a castanha de caju preparada, que é exportada para os Estados Unidos da América do Norte e que tem sido agora uma apreciável fonte de cambiais. De facto, a sua preparação, concentrada em Sanguelim, mau grado a relativa pequenez económica que resulta da sua natureza caseira, é a mais importante indústria transformadora da província. Com a castanha de caju da província e com a importada preparam-se una milhões de candis, no valor de 2 ou 3 milhões de rupias.

O coco e a areca, que constituíam o grosso da exportação da província, e, em geral, os produtos que eram exportados para a União Indiana sofreram uma quebra vertical, pelas dificuldades de entrada naquele país. Nota-se, porém, que a exportação do cloreto de sódio u de areca registou em 1956 um considerável aumento um relação a 1955, e isto em virtude de o Governo ter procurado novos mercados para a sua colocação.

Finalmente, a exportação de peixe seco e salgado diminuiu em relação a 1955, mas, segundo informações da província, espera-se que torne a aumentar, pois os esforços que neste sentido vêm sendo envidados pelo Governo, através dos seus organismos - tratando-se de produtos que tradicionalmente, e pela situação favorável do merendo, eram exportados para a União Indiana -, não podem deixar de ser coroados de êxito, normalizando-se, mais tarde ou mais aedo, .a sua exportação para os novos mercados consumidores.

O ano agrícola no Estado da índia depende, como. se sabe, das monções do sudoeste e do nordeste, das chuvas de Setembro a Novembro e da prevalência ou ausência dos ventos na época seca. As fortes precipitações de Julho favorecem o desenvolvimento das plantas e o arroz serôdio, semeados na terceira e quarta semanas do mês anterior, a altura do naschinim, os palmares, os arecais e as árvores de fruto. Em Agosto as chuvas são mais moderadas. O arroz espiga e beneficia mais do vento moderado do que de chuvas copiosas.

Em 1956 o regime das chuvas da monção do sudoeste e as variações atmosféricas que a precederam, longe de serem satisfatórias, determinaram um condicionamento adverso a produção de arroz serôdio, que é a miais importante e valiosa actividade agrícola da província. De facto, o arroz, base tradicional da alimentação da população do Estado da índia, é cultivado em toda a província, onde quer que as condições o permitam. A produção, todavia, é insuficiente.

A agricultura, assente, em regra, numa propriedade rústica muito fragmentada e praticada quase exclusivamente com base no trabalho humano, não satisfaz as necessidades de consumo e não se caracteriza pelo desafogo. A fragmentação da terra é um mal que resulta da grande densidade humana. Onde a terra não está na mão das comunidades, encontra-se repartida em pequeníssimas propriedades. O excessivo fraccionamento da propriedade rústica não dá- à grande maioria dos proprietários elementos de trabalho suficientes para lhes assegurar o sustento. Da exiguidade das propriedades, complicada com um sistema de arrendamentos e subarrendamentos a curto prazo, resulta quase sempre um insuficiente amanho e uma escassa produção.

O aumento de produção parece, assim, depender da formação de maiores unidades agrícolas, cm que seja possível pôr em prática os mais modernos métodos da técnica. Mas o alargamento das culturas não pode também deixar de ser considerado. Embora o Estado da índia seja pequeno, o seu potencial à uma está irregularmente referido: muito denso no litoral, escasseia nas regiões do interior, onde há áreas de aproveitamento insuficiente.

Assim, o maior desafogo constatado na vida económica da província, especificadamente no distrito de Goa, é em granule parte devido ao amparo prestado pelo Governo à agricultura, o que tem levado nos últimos anos a uma acentuada melhoria da técnica de produção.