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Quanto ao movimento de exportação, está ele, de facto, muito reduzido. Conforme se verifica no quadro que se segue, organizado segundo as classes da pauta aduaneira, a exportação das «Substâncias alimentícias» desceu acentuadamente nos últimos anos, e a de «Fios, tecidos, etc. a aumentou em 1955, para em 1956 diminuir quase para metade do valor atingido em 1955:

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Para melhor apreciação do movimento do exportação apresentámos no quadro anterior, comparando-a com o quadriénio em referência, a exportação havida em 1951, ano este anterior à imposição das restrições no comércio externo. Por ele se verifica que os valores da exportação vão sucessivamente diminuindo, salvo no ano dê 1905, em que houve um, ligeiro alimento em relação a 1954, atingindo em 1956 uma redução de cerca de 70 por cento em relação a 1951. Por aqui se pode avaliar quanto as restrições citadas prejudicam o comércio externo da província.

Assim, de facto, não admira que se mantenha a crise económica que avassala a província de 1952 para cá.

Macau progrediu enquanto o comércio pôde dedicar-se livremente ao seu mister, consagrando-se à importação de mercadorias com fácil colocação no mercado local e, principalmente, nos mercados vizinhos.

O turismo, florescente era tempos idos, e que tanto contribuía para o desafogo do comércio retalhista, tem hoje, p or motivos vários, entre os quais a tensão internacional no Extremo Oriente, muito menor importância. Não obstante, são muitas ainda as actividades económicas que permanecem na dependência desta indústria e numerosos os turistas que diariamente se deslocam de Hong-Kong e vão animar n vida comercial de Macau.

Passemos agora uma rápida vista de olhos pela indústria existente na província.

A mais importante indústria de Macau é, sem dúvida, a da pesca. Agarrada ainda aos tradicionais moldes da antiga China, esta indústria encontra-se agrupada em volta das chamadas «Casas de Peixe», ou «Laus», proprietárias dos juncos de alto mar, que têm simultaneamente um regime de empresas comerciais e mutualistas. Em terra, em apoio da indústria da pesca, desenvolve-se uma florescente indústria de construção naval, com vários estaleiros em plena laboração.

Por ordem de grandezas do valor do produto, e até pela mão-de-obra utilizada, à indústria da pesca sucede-se a de panchões, c om as principais fábricas instaladas na ilha de Taipa.

O fabrico de vinho chinês e a de fósforos são também indústrias de relevo. Os fósforos de Macau são considerados os melhores do Extrema Oriente, e, por isso, a sua exportação estende-se não só à China, como à Indochina, Malásia, Filipinas, Japão e Indonésia. O vinho chinês, por sua vez, satisfaz perfeitamente o mercado local.

A indústria de pivetes, imprescindíveis nas cerimónias religiosas, e por isso muito procurados, justifica a sua inclusão entre as principais actividades industriais da província.

Outras indústrias existem ainda em Macau: artefactos de malha, tabaco solto e tabaco preparado. Mas a sua importância económica é menor.

A indústria é quase toda chinesa. Torna-se, por esse motivo, muito difícil obter dados satisfatórios das empresas, que se mostram, como é tradicional, especificadamente dos comerciantes, muito suspeitosas. Todavia, a avaliar pelas exportações e transacções, podemos elabor ar o quadro que segue, das principais mercadorias exportadas em 1956 e sua tonelagem:

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