economia e deve, por isso, preceder qualquer iniciativa económica, quer seja industrial, comercial ou agrícola.

Falta-nos construir 36OO km do plano de 1945, temos 500 pontes para reparar, 356 passagens de nível para suprimir, há pontes metálicas com quase meio século que não têm sido beneficiadas por falta de verba.

Por mim, não quero que se diga que faltou nesta Assembleia uma voz suficientemente corajosa para pôr esto problema em toda a sua crueza, indicar a instante necessidade de o resolver, afirmando que não está ele a par do nosso prestígio financeiro, da nossa cuidadosa administração, que se não entenderá, porventura, que só pensa na construção da ponte sobre o Tejo e do túnel sob o mesmo, obras de custo vultosíssimo, enquanto ramos, pouco a pouco, deixando arruinar o nosso sistema rodoviário por falta de dotações suficientes.

A exemplo dos vários casos que atrás citei e em que a minha voz não tem sido ouvida direi: daqui a alguns anos será demasiado tarde e o que se poupou agora multiplicará os gastos que se hão-de pagar depois.

Estas observações a propósito do Plano de Fomento e da proposta de lei que estamos a discutir não pretendem ser de crítica, antes procuram colaborar do melhor modo.

Nestes tempos em que se desenvolveu um hipercriticismo, por vezes raivoso e ignaro, se mio devemos calar o que julgamos conveniente dizer, impõe-se-nos o dever de trazer ao Governo palavras de agradecimento, de louvor, de compreensão e de incitamento.

Esta proposta, este Plano, daria a qualquer país em que houvesse uma opinião pública consciente e não transviada por aqueles que só anseiam por a perturbar a consciência de que se estava trilhando o único caminho que pode conduzir ao progresso, ao desenvolvimento e ao enriquecimento da Nação, e, consequentemente, a melhores dias.

Que o Governo ouça a opinião pública, quando sensata, meditada e colaborante, para que a obra formidável que este II Plano deixa entrever e vamos executar nos próximos seis anos possa verdadeiramente ser, com o convém, não só a obra do Governo, mas a de toda a Nação, e que o Governo saiba e sinta que todos os portugueses conscientes e bem intencionados o acompanham no seu esforço honesto, árduo, inteligente e probo.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem !

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.

Amanhã haverá sessão, com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 25 minutos .

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Adriano Duarte Silva.

Agnelo Orneias do Rego.

Agostinho Gonçalves Gomes.

Alberto Henriques de Araújo.

Alberto Pacheco Jorge.

Alfredo Rodrigues dos Santos Júnior.

Américo da Costa Ramalho.

Antão Santos da Cunha.

António Calapez Gomes Garcia.

Armando Cândido de Medeiros.

Artur Águedo de Oliveira.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Carlos Coelho.

Castilho Serpa do Rosário Noronha.

Frederico Bagorro de Sequeira.

João da Assunção da Cunha Valença.

Joaquim de Pinho Brandão.

Jorge Pereira Jardim.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Soares da Fonseca.

Luís Maria da Silva Lima Fuleiro.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel Tarujo de Almeida.

Purxotoma Ramanata Quenin.