Passageiros

(Ver quadro na imagem)

Aceitam-se como boas as previsões, decerto baseadas em estudos a que não faltou meticulosidade. O forte crescimento previsto para a ligação ferroviária deve encontrar uma das razões na presunção de que, estabelecida a ponte e, portanto, facultada a ligação directa a Lisboa, muitos dos que hoje preferem a rodovia optarão pelo caminho de ferro. Por seu turno, as previsões relativas à ligação rodoviária só aparentemente conduzem a valores inferiores aos actua i a, porque nestes últimos estão incluídos os relativos àqueles passageiros que utilizam exclusivamente a via fluvial (moradores em Cacilhas, em Almada, etc.) e que, por tal facto, não podem supor-se futuros utentes da ponte.

No relativo ti tráfego de mercadorias, o movimento, através do Tejo, segundo dados colhidos directamente e segundo as- pré visões constantes do projecto do Plano, é o seguinte:

Mercadorias

(Ver quadro/tabelas na imagem)

Também se aceitam como boas as previsões neste particular, ainda que cause certa estranheza a extrema diferenciação das taxas de crescimento previstas para a

É certo que uma explicação para o elevado grau desta última, em relação à -É primeira, estará em que é lícito esperar que parte do actual tráfego sem ligação, em geral proveniente de fábricas instaladas junto do rio e com cais próprios, passe a utilizar a ponte. Mas, por outro lado, e agora no relativo à ligação ferroviária, há que prever unia transferência do tráfego rodoviário para o caminho de ferro, uma vez que seja garantido, como o é pela ponte, o seguimento directo até destino, e sem a dilatação dos prazos de transporte que hoje, para o facultar, implica o seguimento pela via Vendas Novas- Setil.

Parece, por isso, que, se admite; como boa a taxa de crescimento aplicada ao tráfego rodoviário, se tem de reconhecer ter sido calculada por defeito a taxa de crescimento do tráfego ferroviário. Nb entanto, aceita-se como boa.

Nesta considerar outro tipo de tráfego: o dos veículos motorizados.

Vai considerar-se a globalidade dos veículos motorizados, isto é, mes mo os autocarros e os veículos pesados de (mercadorias, o que implicita a ideia de que, além do pagamento da portagem por passageiro ou por tonelada de mercadoria, também se pagará a portagem pelo veículo. Ë o que leva a concluir a forma como estão apresentados os cálculos do rendimento no projecto do Plano, nos quais se consideram, cumulativamente, para 1962, os 6600 milhares de passageiros, os 440 milhares de toneladas de carga e os 3800 milhares de veículos e, identicamente, para 1970.

Em 1955 atravessaram o rio 600 000 veículos (na carreira Lisboa- Cacilhas). Mas esto número representa uma fracção daquele efectivo de veículos (sobretudo de veículos pesados de passageiros) que se apresentaram nos pontos de interrupção do transporte terrestre. (3 efectivo total desses veículos foi, em 1955, de 1800 milhares, o que significa que só um terço prosseguiu na travessia fluvial. Ë evidente que, construída a ponte, parte dos que constituíram os dois terços que não efectuaram a ligeiramente diminuído, se tiverem em conta as travessias correspondentes aos veículos estrangeiros que no mesmo ano nos visitaram. Na ponderação do valor desta média há- de ter-se em vista a circunstância, já atrás referida, de,