Investigação aplicada à construção civil. - Com dotação de 36 000 contos, para:

Estudos de investigação originais, designadamente quanto a estruturas, processos de construção, física das construções, madeiras e materiais diversos.

III Ao contrário do que talvez se pudesse prever, esta sub-rubrica refere-se sòmente ao ensino técnico profissional, abrangendo os escalões elementar-complementar e médio, nos ramos comercial, industrial e agrícola.

Justifica amplamente o Plano a indispensabilidade da construção de mais escolas destinadas a ministrar este ensino, valendo a pena transcrever no presente parecer algumas das afirmações e dos números que nele se encontram.

Assim, diz que «de ano para ano se verifica, na frequência das escolas técnicas profissionais, considerável aumento de volume, num ritmo tal que se torna possível prever, dentro de poucos anos, a duplicação dos números actuais», acrescentando-se ser isto natural, «visto que a grande massa dos jovens com possibilidade de adquirir preparação escolar para além da instrução primária ingressam nos estabelecimentos de ensino profissional - aqueles que lhes proporcionam preparação rápida e imediata para a luta pela vida», e, acentua o Plano, «só há que estimular esta procura cada vez maior de preparação técnica dos jovens portugueses: ela vem ao encontro das necessidades da Nação, tão carecida de técnicos competentes».

Quanto a frequência, indica o Plano a seguinte evolução:

Nas escolas técnicas - escalão elementar-complementar:

Nos institutos - escalão médio:

(ver tabela na imagem)

Nas escolas de regentes agrícolas - também escalão médio:

E nas escolas práticas de agricultura: Vale a pena atentar nestes números: revelam-nos eles que, enquanto a frequência das escolas técnicas elementares sobe em cadência acentuada, o mesmo se não verifica nos estabelecimentos do escalão médio - nem nas escolas práticas de agricultura. Quanto a estas últimas, lamenta-se no Plano o facto, dizendo que a sua frequência «deveria ser, pelo menos, dez vezes superior à das escolas do regentes agrícolas, para levarem a cabo a importante tarefa que lhes pertence».

É certo, mas o mal não fica por aqui: verifica-se também, e em escala grave, em relação a outros grupos afins, isto é, em relação a outros conjuntos de técnicos que se completam entre si e cujos categorias inferiores deveriam, lògicamente, ser muito mais numerosas do que as superiores.

Os seguintes números comprovam a razão desta afirmação:

(ver tabela na imagem)

(ver tabela na imagem)

1 Na Faculdade de Economia do Porto, criada pelo Decreto-Lei n.º 39 226, de 28 de Maio de 1953, só no corrente ano se formarão os primeiros licenciados. A sua frequência nos três anos considerados foi de, respectivamente, 121, 200 e 287 alunos - o ... 416 alunos no actual ano escolar, o que demonstra o crescente prestígio desta escola superior.