Continuação do caminho de ferro de Tete até Furancungo .............. 127 000

4) Continuação do caminho de ferro de Moçambique até Catur ............. 222 000

A tonelagem de mercadorias transportadas pelos caminhos de ferro de Moçambique tem crescido anualmente de modo acentuado -especialmente na parte do serviço exterior ou combinado - e, bem assim, a sua receita líquida.

Referidos a 1956, registam-se os valores seguintes, relativos à exploração de 1988 km da rede, excluindo o caminho de ferro da Beira:

Contos

O capital de estabelecimento da rede indicada é de l 733 594 contos.

Quanto ao custo por quilómetro, registam-se os valores seguintes:

Contos

Média: cerca de 1300 contos por quilómetro. Em 1931 o capital de investimento de então era de 695 571 contos, o qual subiu até 1956 para 4 191 344 contos, tendo a rede explorada (excluída a linha da Beira) crescido de 852 km para 1988 km no mesmo período.

A despesa orçamental passou de 77 270 contos em 1931 para l 117 706 em 1958, incluindo neste número 296 000 contos do caminho de ferro da Beira.

O exemplo próprio e dos caminhos de ferro da vizinhança indicam a conveniência de unificar o regime de propriedade e exploração de portos, caminhos de ferro e transportes. Na índia Portuguesa há 82 km de caminho de ferro, em exploração, que foram objecto de concessão dada em 1881 à companhia West of Índia Portuguese Railway.

A linha tem a bitola de l m e liga o porto de Mormugão (incluído na concessão de 1881) à rede de caminho de ferro da União Indiana.

O I Plano de Fomento considerou o investimento de 70 000 contos para melhoramentos neste caminho de ferro e no porto de Mormugão. Cerca de 550 000 contos foi o investimento considerado no I Plano de Fomento para os portos do ultramar, ou sejam 11,2 por cento (quadro IV) do total autorizado pela Lei n.º 2077 1.

Em resumo, a posição dos principais portos das províncias ultramarinas poderá ser apresentada assim: Em Cabo Verde está a ser construído e apetrechado o porto de 8. Vicente, de obras iniciadas em Outubro de 1956, constituídas por um molhe de abrigo de 430 m, de travessões acostáveis enraizados no molhe, para atender não só às necessidades da navegação de longo curso - especialmente no que diz respeito ao abastecimento de combustíveis, frescos e água- mas também às necessidades da navegação entre as ilhas. As obras do Porto Novo, da ilha de Santo Antão, também tiveram início com o actual Plano de Fomento, constituídas por pequeno cais acostável para pequenas embarcações;

b) Na Quine executaram-se as obras de conclusão e apetrechamento da ponte-cais do porto de Bissau;

c) Em 8. Tomé está em conclusão o cais de Ana Chaves, destinado a pequenas embarcações, constituído por um muro-cais de cerca de 300 m e um quebra-mar de defesa;

d) Em Angola o I Plano de Fomento contemplou: o apetrechamento do porto de Luanda; a ampliação o apetrechamento das obras do porto o Lobito, incluindo a construção de um novo cais acostável e uma instalação de carregamento de minérios, em montagem; a construção do cais acostável de Moçâmedes.

O porto de Luanda, cujo primeiro travessão acostável ficou construído em 1945, para movimentar 700 000 t, e já hoje movimenta mais de 500 000 t; o porto do Lobito, que, com 1122 m de cais acostável a navios de longo curso, incluindo o novo cais de 264 m, a estacada construída para :i navegação de cabotagem, o silo para 20 000 t de milho, a instalação mecânica de carregamento de minérios em montagem no cais sul, já movimenta quase l 400 000 t; o porto de Moçâmedes, com os seus 568 m de cais contínuo e em via de apetrechamento - são portos que constituem, com 'os caminhos de ferro de penetração que os servem, posições no Atlântico da maior importância, já pelo vasto hinterland que servem, já pelo que representam no crescimento da riqueza agrícola, mineira, florestal e no povoamento de Angola;

e) Em Moçambiq ue os dois grandes portos de Lourenço Marques e da Beira têm movimentação de carga de crescimento continuado. Em 1957 a carga movimentada representou-se por mais de 5 500 000 t só no porto de Lourenço Marques e por quase 3 300 000 t no porto da Beira, tonelagem esta que é mais do dobro da maior registada antes do resgate do porto e do caminho de ferro, em 1949, pelo Estado, através do Ministério das Finanças.

Na carga movimentada pelo porto de Lourenço Marques a geral foi de 949 017 t descarregadas e 595 193 t carregadas, os combustíveis e óleos descarregados representaram-se por l 441 642 t e os minérios e o carvão em-