barcados por l 283 783 t e 794 070 t, respectivamente.
A tonelagem movimentada pelo porto da Beira em 1907 classificou-se em 45,3 por cento de carga desembarcada e 54,7 por cento de carga embarcada.
As condições de trabalho dos portos de Lourenço Marques e da Beira tom presentemente excepcional intensidade..
Na Beira o trabalho é feito em 972 m de cais acostável e através de batelões no Chiveve, acusando já 2777 t de carga movimentada por metro linear de cais e ano. Supõe-se que a capacidade do porto da Beira possa ir para perto de 6 000 000 t líquidas com a construção de mais quatro cais, o 6 e 7 para breve, o 9 e 10 para não muito além de 1964, ano este para o qual está oficialmente indicada carga da ordem dos 4 400 000 t da Federação da Rodésia e Nias-salândia.
O porto de Lourenço Marques, a que o caminho de ferro do Limpopo trouxe substancial movimento de carga internacional (mais de l 000 000 logo no primeiro ano da sua exploração), aproxima-se do limite da sua capacidade. pois a carga manuseada nos 2127 m o cais Gorjão já anda pela casa das 2000 t por metro, cais e ano 2.
Além dos dois portos indicados, de Lourenço Marques e Beira, a província de Moçambique tem mais dois importantes portos: o de Nacala, em construção, término do caminho de ferro de Moçambique, recebeu do I Plano de Fomento 50 000 contos e o de Quelimane. término do caminho de ferro de Mocuba, de tráfego também em franco crescimento;
Em Porto Amélia construiu-se uma ponte-cais para fundos de 9 m e ramo acostável de 182,5 m;
f) Na índia o volume de carga manuseada pelo porto de Mormugão (especialmente minérios e ferro e de manganês do território) tem subido substancialmente todos os anos, estando próximo dos 2 500 000 t. O I Plano de Fomento contemplou o sen melhoramento, bem como o do caminho de ferro de que é término, de 82 km no território nacional, com a dotação de 30 000 contos;
g) Em Macau o I Plano de Fomento encarou o grave problema do porto exterior, construído com o objectivo de receber navios de longo curso, mas inutilizado pelos assoreamentos, prevendo para dragagens e aterros o dispêndio de 45 000 contos;
h) Timor tem em construção as obras do porto de Dílí, constituídas por cais acostável para navios de longo curso, incluídas no I Plano de Fomento com 17 500 contos.
Também se indicou que o saldo demográfico anual líquido é da ordem dos 52 000 indivíduos, conta feita à emigração; e previu-se que em 1964 a população do continente seja da ordem dos 8 560 000 indivíduos e que a população activa se represente- por 3 280 000 pessoas, o que significa haver mais 18 000 trabalhadores disponíveis por ano, pelo menos.
Acrescendo a este número a parcela das ilhas, talvez se possa contar com a necessidade de arranjar ocupação para mais 20 000 trabalhadores anuais, afora a emigração da ordem de grandeza a que se tem assistido, de saldo anual médio igual a 22 111 pessoas, cabendo 11 972 ao ultramar no período de 1950 a 1956.
Nos quatro primeiros anos do I Plano de Fomento o saldo anual migratório do ultramar tem os valores seguintes:
Na metrópole o II Plano de Fomento encara forte impulso na industrialização e na irrigação, prevendo os estudos feitos para a preparação do II Plano de Fomento na parte relativa à metrópole que a irrigação tenha estes efeitos:
a) Acção imediata e destacada sobre o aumento do produto nacional bruto;
b) Maiores possibilidades para a resolução do problema do emprego da população agrícola;
c) Acção fortemente positiva na melhoria da balança de pagamentos;
d) Acção acentuada na melhoria do nível de vida da população.
Certamente os elevados investimentos previstos para a industrialização e irrigação criarão os meios para absorver grande parcela do saldo da população activa com e sem profissão, representada no total dos 8 600 000 previstos para 1964 por mais de 6 000 000 de pessoas, mas, .para grande parte da mesma, haverá imperativa necessidade de a dirigir para o ultramar.
Imperativo de significado nacional, de solução a procurar predominantemente na agricultura, através da formação de fortes núcleos de pequenas propriedades cultivadas directamente, criadoras de uma classe rural elevada socialmente e feliz, para a qual só o Estado tem. capacidade para preparar o meio de trabalho que as receba.
Este meio requer indispensáveis e dispendiosas transformações fundiárias, que tornem aptos terrenos -não cultivados ou cultivados com interrupções e extensivamente para culturas intensivas e remuneradoras, exigentes da mão-de-obra colonizadora de fortes núcleos emigrados.
O envio de famílias isoladas, sem a prévia preparação do meio que as receba e .possa sustentar, dificilmente produzirá a colonização que o nosso feliz aumento 'populacional determina e a ocupação das terras ultramarinas necessita. As famílias isoladas - a realidade é evidência- dificilmente se fixam à terra.