de onze aldeias de vinte e seis casas e mais nove casas isoladas, estando em acabamento mais três aldeias.

Segundo depoimento registado no Diário das Sessões n.º 37, de 16 de Abril de 1958, estuo já instaladas 285 famílias de colonos, com 2111 pessoas.

Cada família - transcreve-se do referido Diário das Sessões - ao chegar ao colonato recebe terras e. casa com as respectivas áreas e tamanhos variáveis; assim, se o colono fizer um depósito inferior a 100 contos recebe normalmente 5 o 7 ha de terra de regadio e 10 a 12 ha de sequeiro. Sc o colono fizer um depósito superior a 100 contos recebe terras e instalações agrícolas consoante o tipo de exploração a que se quer dedicar e o montante do capital. E, assim, é que para este caso temos já instalados colonos com propriedades variáveis de 100 a 1000 ha. Cada colono recebe também no primeiro, caso apontado, isto é, quando o depósito for inferior a 100 contos, 4 bois de trabalho, 2 vacas indígenas, l vaca de raça leiteira, 3 suínos (duas fêmeas e um macho), além de coelhos, galináceos, etc.

As terras são geralmente entregues aos colonos devidamente desbravadas e preparadas, a não ser para os colonos de maior área que possuam maquinaria própria e dispensem neste aspecto o auxílio do Estado.

Para a manutenção do agregado familiar até às primeiras colheitas o Estado concede o crédito, variável consoante as unidades de consumo, isto para os pequenos colonos.

O colono terá de pagar ao Estado a casa de habitação, todas as instalações agrícolas, terras, gado, alfaias agrícolas, móveis, etc., isto é, tudo quanto recebeu após a sua chegada ao colonato. A sua dívida para com o Estado é paga em 25 anuidades vencendo-se a primeira após o terceiro ano de permanência no casal agrícola.

Como se depreende do que ficou dito, o colono nada paga ao Estado da despesa referente à viagem da sua terra de residência na metrópole até à Cela.

Pretende-se neste hexénio - como se diz no II Plano de Fomento - aumentar para 2000 o número de famílias do colonato. Para o efeito haverá necessidade de preparar 45 000 ha de terra, além das instalações, acessos, etc., e 450 000 contos se provêm para o fim.

Em 22 de Novembro de 1957 foram apresentadas no Ministério do Ultramar propostas para a construção das obras das redes de drenagem, caminhos rurais e preparação de terras no colonato da Cela, em seguimento de concurso aberto para o fim de objectivo seguinte:

a) Abertura de 10 km de colector primário de enxugo ;

b) Abertura de uma rede de 250 km de valas secundárias de enxugo;

c) Abertura de uma rede de 700 km de valas de enxugo terciárias;

d) Lavoura e gradagem de 9000 ha de terra pantanosa ;

e) Derruba, limpeza, lavoura e gradagem de 18 000 ha de terra não pantanosa;

f) Derruba e destroçamento com escarificador e amontoamento das lenhas respectivas em 18 000 ha;

g) Abertura e construção de uma rede de 700 km de estradas rurais para veículos de 7 t.

Quanto à despesa feita na Cela, já foi referido o montante de 178 000 contos, mas sem confirmação oficial. No parecer das Contas Gerais do Estado de 1955

(ultramar) encontra-se esta referência aos gastos do colonato da Cela: «A obra da Cela tem sido financiada por verbas de diversa origem. Não estão à vista as cifra» relativas ao ano de 1955. Até meados desse ano, segundo nota recebida pelo relator das cantas, o total gasto era da ordem dos 150 000 contos e havia despesas feitas por couta de colonos ainda não instalados e obras em curso que seriam acabadas por força du novos créditos abertos depois».

(Produção, transporte e grande distribuição) Eleva-se a cerca de 793 000 contos o valor do investimento do I Plano de Fomento, 16,3 por cento do total na modalidade da Lei n.º 2077 (quadro III), para a indústria da electricidade em Angola e Moçambique, assim parcelado : Estudos (incluindo a parte hidroagrícola do Cuanza) ... 10 000 Moçambique Estudos:

(a) 10 000 contos de A) e b) estão incluídos no quadro III na rubrica «Irrigação». Do conjunto de obras hidroeléctricas do I Plano de Fomento somente as da Matala são obras novas. Todas as outras já se encontravam em execução na entrada do Plano.

O aproveitamento hidroeléctrico da Matala tem por objecto a utilização do caudal do Cunene, regularizado por albufeira de 90 000 000 m3 e de futuro por albufeiras das cabeceiras do rio, previstas no projecto em execução.

O equipamento da 1.º fase é de dois grupos de 17 000 KVA cada e a energia é transportada para Sá da Bandeira, a 150 KV, em linha do 168 km, e de Sá da Bandeira para Moçâmedes, a 60 KV, em linha de 161 km, autorizada em 1954 sob proposta da Inspecção-Geral do Fomento.

A produção da 1.º fase foi avaliada em 69 GWh, mas para o fim é indispensável a interligação ao Biópio e a Cambambe, de modo a valorizar a energia temporária.

As obras das Mabubas, destinadas ao abastecimento de energia a Luanda, foram aprova-las em 1944 e inauguradas em 1954, na sua 1.º fase, estando em acabamento a 2.º fase, indo o conjunto para a produção de uns 56 GWh; as do Biópio, aprovadas em 1949, inauguradas em 1956, produção de 33 GWh; as do Revuè, cuja concessão foi pedida em 1945 pela Sociedade Al-