A Câmara Corporativa não concorda com esta taxa de 10 por cento, toma 11 por cento e corrige as previsões do consumo para o próximo sexénio.

A comparação do quadro das necessidades energéticas (para satisfazer os consumos permanentes, adicionados dos contingentes mínimos que serão garantidos, mesmo em anos muito secos, a electroquímica e a siderurgia com o quadro dos níveis de produção em ano seco mostra que, partindo dos consumos permanentes de 1957, esta correcção de 10 para 11 por cento não vem alterar o programa de centrais dentro do II Plano.

A estruturação de um programa de produção, transporte u distribuição tem por base a estimativa dos consumos futuros. Para essa estimativa o Plano fixa como doutrina que aos consumos permanentes e n uma parle dos necessários à electroquímica e a siderurgia seja dada completa sofisticação, mesmo em ano muito seco.

No quadro I mostramos as necessidades da produção total da rude interligada para o caso do ano muito seco (total mínimo) e para o caso do ano médio (total normal), com a taxa de incremento anual de 11 por cento, que é, tias duas referidas, a mais exigente.

Necessidades de produção total da rede interligada

(Ver quadro na imagem)

Para fazer face à evolução dos consumos, considera o Plano para entrada em serviço até 1964: o Távora em 1960, Miranda em 1961, o segundo grupo térmico da Tapada do Outeiro em 1963, Bemposta em 1963 e o Alto Rabagão sem indicar data. E, para transição entre o II e o III Planos, com início depois de 1961, considera o Alvito, o Focinho e o Côa.

Ora um estudo recente, elaborado pelo Repartidor Nacional de Cargas com o objectivo de estabelecer os critérios que conduzirão ao estabelecimento das curvas de segurança interanual, para orientar a exploração da rede, mostra que a sobreposição ao sistema existente no fim de 1958 do planeamento energético oficialmente previsto para o II Plano permite, em exploração conjugada e regularização interanual, níveis de produção superiores aos anteriormente previstos.

No quadro II mostram-se esses níveis de produção que podem ser garantidos, mesmo em ano muito seco.

Níveis de produção que podem ser garantidos mesmo em ano muito seco

(Ver quadro na imagem)

Comparando as necessidades mínimas de produção total da rede interligada - quadro I- com os níveis de produção garantidos em ano muito seco -quadro II-, elaborámos o quadro III, onde se mostra que o sistema de rins de

1958-termo do I Plano- cobre com suficiente folga as necessidades de consumo até fins de 1960 e que a entrada de Miranda, em principio de 1961, e a do Távora, em 1962 cobrem as necessidades de consumo até fim de 1962.