aplicados noutros que conduzissem a uma maior elevação do produto nacional e a um mais elevado melhoramento da balança de pagamentos. A isto respondo que o empreendimento em causa tem profundos reflexos na economia da Nação, pela facilidade de transportes, economia de tempo, desenvolvimento turístico, etc., embora não seja fácil o cálculo prévio da medida da expansão económica ocasionada pelo empreendimento, como o não é em qualquer outro.

Do que só tem a certeza é que o tráfego entre Lisboa e a Outra Banda, apesar da construção da ponte de Vila Franca, continua a aumentar vultosamente, como se assinala nos relatórios do Plano, e noticiaram os jornais diários que ainda nesta semana entrou em serviço o barco Renovação, destinado ao transporte de passageiros entre Lisboa e Cacilhas, e que com ele se assegura o transporte de 2300 passageiros por hora entre as duas margens do Tejo. Daqui deriva a alta rentabilidade do investimento e, consequentemente, a natural corrida dos capitais privados em direcção ao respectivo empreendimento, e ninguém nos garante que igual corrida se verifique para outros.

Faça-se, Sr. Presidente, a ponte sobre o Tejo em frente desta formosa cidade de Lisboa, documento notável que através dos séculos ateste o período fecundo de realizações materiais que a Nação tem vivido, graças à extraordinária capacidade de governante e de estadista insigne que é Salazar. E em homenagem ao grande português dê-se-lhe o nome, como sugeri outrora, de «Grande Ponte Salazar».

Sr. Presidente: também não quero terminar esta modesta e muito breve intervenção sem dizer algumas palavras de justiça em homenagem aos dois grandes arquitectos do II Plano de Fomento Nacional: Salazar e Marcelo Caetano.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Se não fora Salazar e a política que concebeu e tem realizado com a heroicidade dos homens superiormente dotados não teríamos planos de fomento. Tínhamos a mediocridade da vida política do País, que conduzia ao definhamento da Nação e, consequentemente, ao descrédito geral.

Marcelo Caetano foi o homem que deu ao II Plano de Fomento toda a sua extraordinária capacidade de trabalho e de inteligência e toda a sua imaginação

criadora. Merece, por isso, o notável estadista que ele é a gratidão de todos os portugueses.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Associo-me assim às nobres palavras de justiça que aqui têm sido proferidas na discussão desta proposta de lei em homenagem a Salazar e a Marcelo Caetano e ao alto sentimento que as ditou.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. À tarde haverá sessão, à hora regimental, com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 12 horas e 30 minutou.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Agnelo Orneias do Rego.

André Francisco Navarro.

António Maria Vasconcelos cie Morais Sarmento.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Castilho Serpa do Rosário Noronha.

Frederico Bagorro de Sequeira.

enrique dos Santos Tenreira.

João Pedro Neves Clara.

José Dias de Araújo Correia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Hermano Saraiva.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dos Santos Bessa.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Luís Maria da Silva Lima Faleiro.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Nunes Fernandes.

Purxotoma Ramanata Quenin.

Sebastião Garcia Ramires.