Jerónimo Salvador Constantino Sócrates da Gosta.

João Augusto Dias Rosas.

João de Brito e Cunha.

João Carlos de Sá Alves.

João Mendes da Costa Amaral.

Joaquim Mendes do Amaral.

Joaquim Pais de Azevedo.

Jorge Pereira Jardim.

José Dias de Araújo Correia.

José de Freitas Soares.

José Garcia Nunes Mexia.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Hermano Saraiva.

José Manuel da Costa.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José Rodrigo Carvalho.

José Rodrigues da Silva Mendes.

José dos Santos Bessa.

José Sarmento de Vasconcelos e Castro.

José Soares da Fonseca.

Laurénio Cota Morais dos Beis.

Luís de Arriaga de Sá Linhares.

Manuel Colares Pereira.

Manuel José Archer Homem de Melo.

Manuel Lopes de Almeida.

Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.

Manuel Maria Sarmento Rodrigues.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel Tarujo de Almeida.

D. Maria Irene Leite da Costa.

Mário Ângelo Morais de Oliveira.

Mário de Figueiredo.

Paulo Cancella de Abreu.

Ramiro Machado Valadão.

Rogério Noel Peres Claro.

Sebastião Garcia Ramires.

Venâncio Augusto Deslandes.

Virgílio David Pereira e Cruz.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 76 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 30 minutos.

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário das Sessões n.º 106.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Como nenhum Sr. Deputado deseja fazer qualquer reclamação, considero aprovado aquele número do Diário.

Deu-se conta do seguinte

De Isabel Mesquita Mendes a apoiar a intervenção do Sr. Deputado Nunes Barata acerca da necessidade de reparar a estrada de S. Romão a Loriga.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra antes da ordem do dia o Sr. Deputado Sebastião Ramires.

O Sr. Sebastião Ramires: - Sr. Presidente: duas palavras apenas sobre a viagem, que se pode com verdade classificar de triunfal, de S. Ex.ª o Presidente da República ao Barlavento do Algarve.

Tive O grato prazer de assistir à maneira entusiástica e carinhosa como todas as cidades, vilas ou simples povoados dispensaram ao Chefe do Estado uma manifestação cheia de calor e carinhoso entusiasmo.

É certo que o pretexto era a inauguração de duas obras de altíssimo valor para completar a infra-estrutura económica da província, como era a inauguração do porto exterior de Portimão, velha aspiração de toda a zona do Barlavento do Algarve, com a sua barra assoreada, não só comprometendo a própria economia da região, como pondo permanentemente em risco vidas e haveres.

A navegabilidade no porto interior de Portimão era uma velha aspiração.

Foi durante anos objecto de promessas dos políticos, principalmente quando pediam votos, mas a barra continuava fechada sempre que havia temporal do lado sudeste.

Estava assoreada a barra de Portimão, como estavam assoreadas nessa época muitas e velhas aspirações.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Essa obra, que é o começo de uma obra maior, vai certamente prosseguir, como tem prosseguido tudo o que interessa ao desenvolvimento e à economia do País.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - A outra obra inaugurada foi a barragem da Bravura, na ribeira de Odiáxere. Iniciada em 1956, os seus trabalhos realizaram-se em ritmo normal: projectada, construída e realizada por técnicos e operários portugueses, é a demonstração de que se criou uma técnica que nos permitirá realizar, com segurança, novos e maiores empreendimentos.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - São 1800 ha, com mais 1200 prédios explorados quase completamente pelos seus proprietários, já que apenas 4 por cento são em regime de arrendamento.

As águas da barragem vão permitir a beneficiação de cerca de 700 ha de terrenos impróprios para as culturas e, praticamente, sem qualquer rendimento, o que dará possibilidade a uma nova técnica para que se prossiga com a obra o melhor aproveitamento dos sapais, que excedem 5000 ha ou 6000 ha ao longo do litoral do Algarve.

Mas não foram estas obras apenas a razão da manifestação entusiástica que foi dispensada a S. Ex.ª o Presidente da República: o Algarve quis demonstrar que era grato e que sabia reconhecer o muito que devia a estes trinta anos de paz, de sossego e de tranquilidade.

O Algarvio tem uma forte personalidade e não se entrega facilmente. Não cultiva o aplauso nem a lisonja. Escolhe as suas amizades. Apresentou-se, porém, com uma perfeita unanimidade, com a consciência de quem tranquilamente cumpria um dever, envolvendo o Chefe do Estado e os Ministros que o acompanharam em entusiásticas e calorosas manifestações de simpatia e de apreço.

O povo, na sua habitual simplicidade, sem protocolos, mas com a maior deferência, envolvia o Chefe do Estado, vitoriando-o, tocando-lhe, quase o abraçando como quem abraça um irmão dedicado e muito querido. O Presidente