grande importância para a economia nacional, pelo que interessa analisá-lo com mais pormenor.

A produção de electricidade e de gás no 1.° semestre dos anos de 1957 e 1958 consta do quadro XX, assim como a respectiva percentagem de variação.

O aumento total da produção de energia eléctrica atingiu 10 por cento e foi, essencialmente, determinado pela expansão registada no aproveitamento de energia hídrica, visto que o recurso a centrais térmicas diminuiu durante o período em análise.

No que se refere ao fabrico de gás verificou-se, do mesmo modo, um acréscimo na respectiva produção, embora de menor intensidade do que na electricidade.

b) Em milhões de kilowatts-hora. A evolução das actividades abrangidas no grupo «transportes e comunicações» não se mostrou uniforme nas diferentes espécies que o compõem.

Em referência ao 1.º semestre de 1958, em comparação com idêntico período de 1957, a posição é a seguinte:

Quanto a transportes terrestres:

Nos caminhos de ferro aumentou de 6 por cento o número de passageiros-quilómetro transportados, o que deve resultar das recentes melhorias introduzidas no serviço (electrificação, automotoras e tracção Diesel), a que se opôs a insignificante redução de 1 por cento na quantidade de toneladas-quilómetro transportadas, com uma quebra de 0,5 por cento nas receitas líquidas.

A camionagem de passageiros continuou em franca expansão, tudo registado um novo aumento de 14 por cento no número de passageiros-quilómetro transportados.

Quanto à navegação marítima (esta referente aos sete primeiros meses dos anos considerados), aumentou de 5 por cento o movimento dos navios entrados nos p ortos da metrópole, cujo total atingiu neste ano 8680, dos quais 5028 portugueses.

Quanto à «navegação aérea» (de novo em referência apenas- ao 1.º semestre) aumentou substancialmente o número de passageiros-quilómetro transportados ( + 16 por cento), mas, inversamente, operou-se uma quebra apreciável no número de toneladas-quilómetro (-21 por cento). Para se tentar formar uma ideia do modo por que se tem processado a actividade comercial, recolheram-se no quadro XXI algumas indicações, sobre o mo vime u to nas câmaras de compensação e de desconto de letras em referência aos períodos considerados.

Como se pode observar, tanto as compensações como as letras têm aumentado em número e principalmente em valor.

(b) Período de Janeiro-Agosto (eleitos liquidados). Relativamente nos restantes grupos abrangidos neste sector, a limitação imposta pelas estatísticas existentes não torna viável ir mais longe nesta análise. Quanto à «administração pública e defesa», a sua actividade no corrente ano está naturalmente pautada nos moldes do orçamento aprovado. Ao tentar analisar o comportamento do sector dos «serviços» durante o ano em curso e a sua provável contribuição para o produto nacional em 1903, não se pode deixar de assinalar a deficiente informação sobre este importante ramo de actividade, pois interessa não esquecer que a sua participação na formação do produto nacional se situa um pouco abaixo do valor acrescentado pela indústria, mas superior ao da agricultura.

Os elementos que se dispõem sobre os (rés primeiros grupos deste sector -«electricidade, água e gás», «transportes comunicações» e «comércio por grosso e a retalho»- revelam uma evolução favorável durante os primeiros meses do corrente ano. No entanto, em relação aos restantes grupos -nomeadamente quanto aos «serviços diversos»- é grande a dificuldade em recolher dados representativos. Toda a análise realizada, segundo a óptica de origem do produto, teve por objectivo encontrar uma base de estimativa para a evolução do produto interno bruto em 1908.

Embora com as naturais reservas, derivadas não só do carácter provisório dos elementos tomados em consideração, como ainda do facto de a análise realizada cobrir somente uma parte do período, prevê-se uma ligeira contracção no produto originário da agricultura e da extracção de minérios, a par de uma expansão moderada na indústria transformadora.

Nestes termos, admitindo-se um acréscimo em relação ao produto formado na «energia eléctrica e serviços» - que a falta de indicadores não permite explicitar-, estima-se que o produto interno bruto se expandirá em 1958, embora a uma taxa não superior à verificada em 1956-1957.

Aplicação do produto nacional Segundo a estimativa do Instituto Nacional de Estatística, o produto nacional bruto a preços de mercado cifrou-se em 1957 em 57 424 DOO coutos. Avaliado a preços constantes de 1954, verificou-se uma expansão de l 671 000 contos em relação ao ano antecedente.