Continuam as transacções com a zona da União Europeia de Pagamentos a atingir os maiores valores, cobrindo mais de 80 por cento do comércio total - no período considerado de 1958 a percentagem foi de 82,7. A melhoria do saldo da balança comercial com esta zona - 266 000 contos -, contrária, aliás, à tendência desfavorável que vinha desenhando-se em períodos anteriores, explica cerca de 29 por cento do benefício colhido no saldo global em comparação com os primeiros oito meses de 1957.

Na zona do dólar verificou-se uma evolução favorável do saldo negativo, o que se ficou devendo à compressão das importações. Á diferença entre os deficits atingiu 649 000 contos, favoráveis ao ano em curso, o que explica 71 por cento da melhoria registada no saldo com todas as zonas monetárias.

Na área dos «outros países não participantes» manteve-se, praticamente, a posição anterior, com saldo positivo de reduzida expressão.

No que se refere aos coeficientes de cobertura das impor tações pelas exportações, verifica-se que o da zona da União Europeia de Pagamentos é, naturalmente, o mais reduzido, originando - pela maior ponderação desta zona - um valor relativamente baixo do coeficiente representativo do total. Uma observação mais pormenorizada do comportamento do comércio da metrópole com o estrangeiro no período em referência poderá realizar-se no quadro XL. Nele se discriminam, dentro das respectivas zonas, as operações de importação e exportação e os respectivos saldos por diversos países que nelas participam.

Desdobramento da balança comercial da metrópole com o estrangeiro, por zonas e países (a)

(Valores em milhares de contos-Janeiro a Agosto)

(a) Elementos fornecidos pelo Banco do Portugal.

(b) Inclui: «origens Ignoradas», «vários» e «fornecimentos à navegação».

Em relação à zona do dólar, verifica-se que a contracção do déficit foi conseguida principalmente à custa das transacções com os Estados Unidos da América, as quais continuaram, contudo, a determinar a natureza do saldo: Na verdade, em todo o resto da zona os resultados foram favoráveis à nossa balança, apenas com um reduzido déficit nas transacções com a Venezuela (- 5000 contos). A melhhoria do saldo das transacções com este último país, que em 1957 atingiu expressão negativa mais importante (- 117 000 contos), foi originada principalmente pelas menores importações de óleos em rama para destilação.

No que se refere às zonas da União Europeia de Pagamentos - onde se verifica situar-se a quase totalidade do saldo negativo de 1958 -, vê-se que a maior parte do déficit registado é proveniente das operações