Verifica-se, portanto: Que, quanto à importação, continuou a metrópole como principal fornecedor, tendo ainda melhorado a sua posição, em relação a 1956, em 1,06 por cento; que se registou uma melhoria de 0,42 por cento em relação à posição das províncias ultramarinas e um declínio com o comércio estrangeiro no valor de 1,48 por cento.

b) Que, quanto à exportação, mantém o estrangeiro a principal posição, melhorada, de resto, em relação a 1956, em 2,42 por cento; que o segundo lugar é ocupado pela metrópole, embora com um recuo de 2,34 por cento; que a última posição pertence às províncias ultramarinas, igualmente com um recuo de 0,08 por cento. E, a terminar, faz-se notar que a vida comercial de S. Tomé e Príncipe está, de certo modo, dissociada na agricultura.

São poucos os géneros de que a província pode dispor para sustentar a sua população: frutas, carne e umas centenas de toneladas de milho. Tudo o mais que se consome - e é muito - vem de fora. Nestas condições, poderia pensar-se que ao comércio estaria reservado um papel de relevo na distribuição dos bens de consumo. Porém, tal não sucede.

Em S. Tomé e Príncipe só existe praticamente a grande agricultura, feita quase exclusivamente por empresas ou colonos europeus dispondo de uma orgânica

comercial especial. É através dessas organizações que se fazem as vendas e a» compras, com intervenção das suas delegações ou administrações de Lisboa. O cliente do comércio da província é o próprio nativo. Este não trabalha, em regra, na agricultura. Assim, a prosperidade ou a crise comercial ficam na dependência do volume das obras públicas.

Em 195 7 o comércio continuou a ressentir-se da crise que a província vem atravessando de há anos para cá.

Não obstante, o Governo, pela Portaria. n.º 2240, de 17 de Dezembro de 1955, ter acabado, a partir de 1 de Abril de 1956, com as cantinas que as roças mantinham nas suas propriedades e autorizado o comércio ambulante, a maioria dos comerciantes vê-se em sérias dificuldades para solver os seus compromissos.

A produção industrial, por sua vez, não merece qualquer referência especial. A pesca da baleia, que principiou a fazer-se em 1951, sob, aparentemente, bons auspícios, cessou no ano seguinte. Julgou-se que voltaria a fazer-se posteriormente, mas tal não aconteceu. Além desta indústria, que inicialmente teve grande relevo na vida económica da província, mas que presentemente está completamente morta, só há que mencionar uma pequena fábrica de sabão, de produção restrita e, ao que dizem, de má qualidade, unia serração de madeira, uma moagem de milho e uma fábrica de cal e outra de refrigerantes.

Além destas somas, há ainda a considerar uma existência em depósito no Banco de Angola, como produto da cobrança do imposto das sobrevalorizações, de 26:394.697$02, podendo assim mencionar-se as disponibilidades em dinheiro, à data de 31 de Dezembro de 1957, como sendo da quantia de 1.186:395.92-9$85, isto é, menos 316:821.558f 94 do que em igual data de 1956, pois que nessa data o imposto das sobrevalorizações