Eis ainda um outro quadro em que minuciosamente se pode observar o movimento e origens da importação efectuada pela província em 1957:

E para complemento do anterior estoutro, em que se faz uma comparação pormenorizada com o ano de 1956:

Ora da análise deste último quadro infere-se imediatamente o seguinte:

1) Que em relação a 1956 a província importou em 1957 maior tonelagem de mercadorias provenientes quer da metrópole e das outras províncias ultramarinas, quer dos países estrangeiros.

2) Que, apenas relativamente às mercadorias importadas dos países estrangeiros, o valor dessas mercadorias não acompanhou o seu aumento de tonelagem, isto é: (Macau, embora tivesse em 1957 importado dos países estrangeiros maior quantidade, de mercadorias, não chegaram estas a atingir o valor económico da menor quantidade das mesmas importada em 1956.

Atentando neste facto, conclui-se que em 1957 Macau importou maior tonelagem de mercadorias, digamos de pouco valor monetário, e menor tonelagem das de alto valor.

Esta diminuição, isto é, este contraste entre a tonelagem e o seu valor, totais, proveio das quantidades de ouro fino importado pela província em 1956 e em 1957. De facto, segundo rezam as estatísticas, este ano a província importou somente 58 047 kg do precioso metal, contra 70 104 kg importados em 1956 nos valores de $ 423:643.305,00 e $ 495:856.812,00 patacas respectivamente.

Segue-se um quadro das principais mercadorias importadas pela província em 1957:

Vejamos agora o que se passa com a exportação da província.

Conforme se verifica no quadro que se segue, organizado segundo as classes da pauta aduaneira, o valor da exportação da província em 1957 excedeu em $ 4:006.413,00 patacas a do ano anterior:

Contribuíram, como se vê, para esse excesso, não só as «Manufacturas diversas» como também o aumento da exportação de «Fios, tecidos, etc.» e das «Máquinas e embarcações». As restantes classes diminuíram ligeiramente os valores exportados.

Todavia, para uma melhor apreciação do quanto as restrições impostas e já citadas anteriormente prejudicam o comércio externo da província, elaborámos o quadro anterior, incluindo a exportação havida em 1951, ano este, como se sabe, imediatamente anterior àquele em que tiveram lugar as ditas restrições.

Macau progrediu enquanto o comércio pôde dedicar-se livremente ao seu mister, consagrando-se à importação de mercadorias com fácil colocação no merendo local e, principalmente, nos mercados vizinhos.

O turismo, florescente em tempos idos, e que tanto contribuía para o desafogo do comércio retalhista, tem hoje, por motivos vários, entre os quais a tensão internacional