no Extremo Oriente, muito menor importância. Não obstante, são muitas ainda as actividades económicas que permanecem na dependência desta indústria e numerosos os turistas que diariamente se deslocam de Hong-Kong e vão animar a vida comercial da província.

O porto de Macau acusou em 1957 um intenso movimento. Não são muitos, contudo, os navios de longo curso que o demandam. São os juncos á vela e a motor e os rebocadores chineses que, quase exclusivamente, movimentam o porto. O movimento de passageiros eleva-se a cerca de l,5 milhões, predominantemente de e para Hong-Kong.

O movimento de hidroaviões foi apenas de 44, todos de nacionalidade inglesa e provenientes de Hong-Kong. Passemos agora uma rápida vista de olhos pela indústria existente na província.

A mais importante é, sem dúvida, a da pesca. Agarrada ainda aos tradicionais moldes da antiga China, esta indústria encontra-se agrupada em volta das chamadas «Casas de Peixe», ou «Lans», proprietárias dos juncos de alto mar, que têm simultaneamente um regime de empresas comerciais e mutualistas. Em terra, e em apoio da indústria da pesca, desenvolve-se uma florescente indústria de construção naval, com vários estaleiros em plena laboração.

Por ordem de grandeza do valor do produto, e até pela mão-de-obra utilizada, à indústria da pesca sucede-se a de panchões, com as principais fábricas instaladas na ilha da Taipa.

O fabrico de vinho chinês e o do fósforos são também indústrias de relevo. Os fósforos de Macau são considerados os melhores do Extremo Oriente, e, por isso, a sua exportação estende-se não só â China como também à Indochina, Malásia, Filipinas, Japão e Indonésia. O vinho chinês, por sua vez, satisfaz perfeitamente o mercado local.

A indústria de pivetes, imprescindíveis nas cerimónias religiosas e por isso muito procurados, justifica a sua inclusão entre as principais actividades industriais da província.

Outras indústrias existem ainda um Macau: artefactos de malha, tabaco solto e tabaco preparado. Mas a sua importância económica é menor.

A indústria é quase toda chinesa. Torna-se, por esse motivo, muito difícil obter dados satisfatórios das empresas que se mostram, como é tradicional, especificadamente dos comerciantes, muito suspeitosas. Todavia, a avaliar pelas exportações e transacções, podemos elaborar o quadro que segue, das principais mercadorias exportadas em 1957 e sua tonelagem, comparadas com as da mesma espécie exportadas em 1956:

Vejamos agora quais os países consumidores:

Conforme se constata, Hong-Kong, consumindo pouco menos de três quartos das exportações de Macau, representa o único mercado importante das mercadorias da província.

As exportações para as outras províncias ultramarinas tendem, todavia, a intensificar-se, e uma das razões que obstavam à expansão das exportações de Macau para os restantes territórios ultramarinos portugueses era a dificuldade de obter certificados de origem. Ora, segundo o aviso de 31 de Junho de 1956 da Comissão Reguladora das Importações, os certificados de origem e demais documentos de embarque serão entregues e negociados no banco emissor da província.

O efeito destas medidas foi e será muito favorável aos interesses da província: tendo-se tornado obrigatório o registo na secretaria da referida Comissão Reguladora das firmas que pretendem efectuar exportações para as províncias ultramarinas portuguesas, os certificados de origem passaram a ser dados só a firmas registadas em Macau e para os artigos manufacturados ou transformados nesta província.

Acresce que. por outra lado. as recentes medidas legislativas sobre direitos aduaneiros entre as diferen-