de compra dar maiores possibilidades de aquisição e, portanto, mais lucros.

Uma política do baixa do custo da vida, aliada a uma melhoria de ordenados, era solução óptima e desejável. Para tanto é necessário acabar com o parasitismo dos intermediários, causa determinante do encarecimento de matérias indispensáveis à vida. Aguardemos cheios de fé e confiança e apresentação das medidas que o Governo vai adoptar, e estamos certos de que a distribuição das melhorias de salários e ordenados se fará de harmonia com as necessidades do funcionalismo, atendendo de preferência os mais modestos, visto serem aqueles que recebem remuneração mais inferior, necessitando, portanto, de melhor protecção, como é de inteira justiça.

Sr. Presidente: desculpe V. Exa. e a Câmara o tempo que lhes roubei na apreciação dos problemas tratados. Ao deixar esta tribuna, faço-o animado do sentimento de haver cumprido, embora modestamente, o dever a que a situação que ocupo me obriga. Tenho sincera pena de não possuir capacidade formativa e técnica bastante para discutir algumas medidas de reconhecido valor económico e financeiro que a Lei de Meios submete ao parecer da Assembleia Nacional.

Tanto quanto a minha inteligência mo permite no discernimento dos fados, não nego, por princípio, o meu voto à Lei de Meios. mas sinto, e tenho o direito e o dever de afirmar, que às reformas da grandeza daquelas que se pretende realizar não deveria ligar-se apenas a responsabilidade, do Governo, dando-se à. Assembleia Nacional a sua quota de responsabilidade na ordenação dessas providências, através de algumas das sua comissões.

Não encerram as minhas palavras a menor manifestação de falta de confiança na acção do Governo, confiança que neste instante reitero inteiramente. O que disse revela, uni sentimento que a minha, consciência exterioriza como manifestação de sincera lealdade, que é apanágio do meu carácter.

Sr. Presidente: todos não somos de mais para trabalhar pelo engrandecimento de Portugal. Salazar dirige e comanda os destinos de uma pátria. Tal como sempre, tem o meu apoio. Voto por Salazar, aprovando inteiramente a Lei de Meios, para bem da Nação.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem. muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. Antes, porém, convoco as Comissões de Finanças e Economia para, a seguir ao encerramento da sessão, se, ocuparem da proposta de lei em discussão.

Amanhã haverá sessão, à hora regimental, com a mesma ordem do dia.

Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 45 minutos.

Sr s. Deputados que faltaram à sessão:

Agnelo Ornelas do Rego.

Alberto Carlos de Figueiredo Franco Falcão.

Alberto Cruz.

Alfredo Rodrigues dos Santos Júnior.

Américo da Costa Ramalho.

Antão Santos da Cunha.

Armando Cândido de Medeiros.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Carlos Coelho.

Fernando António Munoz de Oliveira.

João da Assunção da Cunha Valença.

Joaquim de Pinho Brandão.

Jorge Pereira Jardim.

José António Ferreira Barbosa.

José de Freitas Soares.

José Gonçalves de Araújo Novo.

José Guilherme de Melo e Castro.

José Monteiro da Rocha Peixoto.

José dos Santos Bessa.

Júlio Alberto da Costa Evangelista.

Luís Tavares Neto Sequeira de Medeiros.

Manuel Cerqueira Gomes.

Manuel Homem Albuquerque Ferreira.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel Seabra Carqueijeiro.

Manuel Tarujo de Almeida.

Purxotoma Ramanata Quenin.

Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães.

Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.